quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Seria mais fácil chorar

Eu não quero diálogos vestidos com uniformes e conversas impecavelmente arrumadas para desfiles e aplausos, frases achadas ou conselhos bonitos de se dar. Hoje preciso deixar o coração à mostra e cuspir as palavras sem maquiagem. Não ter esperança é o maior pecado que posso cometer. Estou falando de esperança de vida. Já falei aqui que esperança é nome de novela mexicana? A minha vida esta quase isso... Hoje estou morrendo um pouquinho mais do que os outros dias...
Poderia ser pior... É eu sei...
Um conflito apenas interno... Talvez...
Estou tentando encontrar uma solução para tudo com muita paz... Hoje estou sorrindo e mandando todo mundo para o inferno mentalmente.
Preciso aprender que para algumas coisas acontecerem outras precisam mudar.
Ah! Por favor não fale comigo.
Hoje tenho medo, preocupação, tristeza, raiva... Se alguém ai quiser, não cobro nada... Tem de sobra
É a tal da agonia mesmo...
Nada acalma o ego, ninguém enxuga excessos, palavras a míngua, soltas, sem tranformações de mágoas...
Estou aqui tentando destronar a falsidade e aumentar as idealizações... Mas algo desmanchou as minhas certezas... Pararam de tecer oportunidades...
O impossivel já entrou, já habita em mim, já se fez fim...
E agora só me resta torcer e esperar. Me desacostumar do costume de ser. Medo de perder o que tenho agora e depois não achar nada. Arrependimento... Sim ele me vem sem eu nem ter arriscado...
Fatos, convivências, rotinas, pessoas... Estou cansada principalmente das pessoas, essas que dizem ser o que não são... Eu já disse. Vão... De ir...
Me sopra um ventinho umido e a chuva não me lava... Continuo na minha miserável condição de não conseguir deter o tempo... Desafino, caio, me derrubaram... Levada, arrastada hoje me sinto completamente acabada por dentro. Hoje choro estas ridiculas palavras e a noitinha vou dormir e esquecer...
É uma cegueira silenciosa que me toma... Cheguei a conclusão de que o rosto humano também é uma espécie de mascara e seja lá o que tiver por trás dela eu não quero saber...
Já passaram por mim detalhes imperdiveis e almas abastecidas com sangue inocente... Essas letras misturadas aqui parecendo palavras cantam nas minhas veias e já chegam a explodir...
Graças a Deus tenho uma alma muito bem disposta e ela me faz aprender muito bem as lições. Me apronta mestres, me guia...
Não estou interessada em teorias, procuro as coisas utéis no momento, ação de minuto em minuto e se puder de segundo em segundo... Servir, ser, poder, ter...
Instigar vocabulários, pensamentos, provocar sentimentos... Procuro verdades e não conceitos prontos, destes estou farta...
Estou fazendo pausa nas minhas pausas... Estou buscando o inicio e ainda estou tentando alcançar o céu... Desencontrada...
As horas breves e alegres são agora tristes e compridas. Os olhos desaprenderam de chorar o que somente as palavras sabem expressar. Já nasci perdida.

Colombina... Apenas triste...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sim.. Um... Entendo!

Deus é grandioso...
E acharam por um breve momento de pensamento que eu iria para o inferno por isso ou aquilo.
Já ouviu falar em misericórdia? Tolinho. Desmedidamente ele sempre se mostra ser um cara e tanto.
Isso mesmo, porque nos segundos em que me encontro em maior desespero e agunia ele tira as minhas angustias de sintonia.
Pare!
Não tente entender, apenas eu entendo.
E é por essas tantas "transformações" disfarçadas de Deus que consigo acreditar n'ELE em mim e por mim.
E é por isso também que ainda consigo acreditar que ser feliz é estar bem consigo mesmo apesar das mazelas e buracos que se tem por dentro. Mas é também não acomodar a alma e o coração à sujeira em que se vive. Continuo aqui inquieta na busca interminável por aquele que tudo limpa.
É, talvez eu seja o tipo de escritora mais nonsense, igual a muitas outras, daquelas que não ri ou chora mas sangra em palavras, quando a carne se fere em sentimentos sejam eles bons ou ruins.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É do cheiro que alucina depois do abraço e do beijo calado...

Já parece existir de algum jeito, um mundo e um sonho novo toda vez que eu te vejo. É que estou sentindo um friozinho aqui na barriga e um calor dos bons no coração. E não precisa, de malicia. Se soubermos com olhares nos traduzir um tanto um para o outro. Põe a mão no meu rosto assim mesmo, me abraça, me envolve. Deixa os nossos cheiros se encontrarem vez ou outra até brotarem palavras de carinho que só saem quando nos sentimos olhados com amor. Apenas não deixe de chegar e permita que o meu silêncio converse com o seu. Mãos dadas. Às vezes a gente nem precisa mesmo de palavras.

Colombina... Jeito novo...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nonsense

Sou eu entre aspas. Eu a narradora de histórias. Eu a encantadora influência desmembrada de êxitos. Eu que fui mar e hoje tento ser céu para cortar velas com aquele azul febril. A que junta pedaços mas tritura cacos. A que olha com pena e sente desejo e que vive todo dia pelo menos umas oito horas de devaneios malucos. A senhora da razão? A sem coração? Não. A que tem medo de sofrer ou de vingar a morte dos pensamentos positivos que lhe visitavam em outra vida. A que acredita que todo verbo no futuro é imbecil. A que sempre perde apostas e sempre se esquece das coisas mais importantes. A que espera uma pedrinha nem que seja a mais pequenininha. Eu que quando dou gargalhadas as solto da maneira mais espontânea e nessas horas tenho certeza de que sou feliz e que por dentro sou feita de sorrisos. Eu sou a moça que coloca uma rosa bonita atrás da orelha e só a tira quando murcha. A que adora passáros principalmente os beija-flores. A que faz um balaio de plurais estancando a ferida mais funda. Profunda, perdida, esquecida, observadora, atriz. Sou aquela que sente o perigo antes de subir as escadas e aos invés de correr salta um por um como uma dama no teatro. A que se arrepia com a voz mais estremecedora de tão meiga. Voz essa que talvez não seja passageira. Temo, receio, titubeio a descontinuidade das coisas quando me apego. Laços feitos, vidros quebráveis, extravios. Entrar? Entrei? Dúvidas, perguntas, fragilidade. Sou versos de melancolia com resquicios de leituras diárias. Está vendo meu aconchegante lar querido também sei falar de mim, mas falar de mim também é falar de amor. Não adianta sou mesmo amor disfarçado de amor, sou loucura desbravando a razão de uma mente infinita de espaços vazios, desconhecidos. Sou a sátira que não cabe e que se abre sem ter parte. O melhor dos piores sonhos indo parar na lampada mágica do Aladim ridicularizada pensando, esperando ser o primeiro, o segundo ou o terceiro desejo de alguém. Eu que levanto bandeiras sem mastros e vivo a premeditar desvalidos e mediocres passos. Te faço virar bicho, te bagunço, te confundo. Sou águia, sou vento, sou um reflexo de instantes vividos no principio de memórias largadas a própria sorte. Sou arte, sou mar e quero ser céu também. Mas sou anatomicamente diferente você tem um coração no peito já eu sou toda coração, vão. De ir. Sou contradição, verão. Sou eu colada aqui perdendo um pedaço de mim. Escrevo, releio, apago, rabisco a vida como tinha de ser. Penhascos, muros, buracos me aguardam... Alma'minha que a aproximação entre nós seja em breve restabelecida. Bem, bem sem distração até amanhã sou a mulher mais forte que já conheci e repitirei isso toda vez que nascer o sol.

Colombina... Pela toca do coelho...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Não encontrastes? Mas há tesouros de mim por toda parte. Me ache.

Ah! então só o que falta agora é um abraço, dois braços, um coração e o que mais vier junto. Acho que a minha cota de exigências já está no fim, sinto que o inesperado me rodeia. E eu ainda só sei falar de amor. Mas não espere uma palavra doce ou uma mensagem de boa noite acho que desacostumei mesmo dessas coisas sobre conquista. Preciso que você me ensine pode ser? Aprendi a ser sozinha então o que me basta eu acho que cabe aos outros também ai acabo sendo taxada de a "sem coração" e isso as vezes me incomoda. Eu já disse aqui que a minha vontade é de céu? e continua sendo. Ainda estou tentando descobrir uma forma de ir até lá. Sem me arranhar. Sou fragmentos de dúvida e medo. Meus impulsos são exagerados e de uns dias para cá sinto que estou tão diferente como se nunca tivesse amado ninguém. Me sinto tão, mais tão diferente que é como se a minha alma nunca tivesse sentido. Não consigo pertencer ou me adaptar. Minha distância que é recebida como frieza é só uma forma de defesa do que virá depois. Aprendi a ser eu mesma porque antes eu era feita de conceitos alheios que me torturavam com suas imposiçôes e hoje sou mar, sou flor, sou brilho e sou música também. Não quero amar de relance e nem por desafio quero alguém de verdade, de carne e osso, mas de cérebro também. Quero correr na chuva e esperar uma ligação com ansiedade, quero receber e-mails de bom trabalho, quero brigar por ciume e desejar boa sorte, quero tudo isso que já tive mas agora quero que seja de verdade, quero que seja de coração, quero lágrimas de saudade. Quero alguém para me amar, que queira conhecer meus segredos, desejos e vontades, quero pele e quero também uma boa maldade. Alguém que me liberte, me expulse de mim e me mostre uma arte original e verdadeira. Sem ensaios e apresentações fajutas. Eu não quero nada impossivel, quero realidade, alma e vida, seriedade. Alguém que me goste sem maquiagem, completamente sem produção, com marcas de lençol, rosto inchado, amanhecida. Não quero recomeços, quero algo novo, surpreendente, algo que seja sempre e não seja uma montagem. E quando vier prometo partilhar minhas tentativas de céu. Mas não quero cuidar, quero ser cuidada. E a luz que vier desses olhos serão para mim como setas para a felicidade. Mesmo que demore acho que estar calado também é comunicar. Te darei boas vindas. Sou um pantano cheio de possibilidades. Me ache, me ache.

Colombina.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Oras se fosses menos prepotente, talvez a tua genialidade viesse à tona.

Essa estória de apagar o passado, virar a página, riscar, não adianta é de nada, o melhor mesmo é pegar esse livro aonde a gente vai escrevendo a nossa vida, a nossa história e por fogo, assim só restarão resquícios de lembranças queimadas indo embora com o vento. Porque desde crianças os nossos destinos andaram de mãos dadas, por mais que de vez em quando a gente passasse em meio a alguns temporais e largássemos as mãos eles se entrelaçavam sozinhos novamente. E acontece até hoje, a gente se some, se enraivece, se esquece, mas depois sempre sou pega de surpresa vendo o seu destino raptar o meu de novo, mesmo que seja por uma coisa ruim como essa de ontem. Uma coisa assim, de fazer tremer a pele, bater mais forte o coração, palavras e mais palavras de desprezo todas da boca para fora e por fim fazer os olhos chorarem lágrimas de dor. Ah se a individualidade realmente existisse e cada ser humano pudesse viver constantemente sozinho sem se apaixonar, sem amar, sem lembrar, sem querer ninguém. Se conseguissemos ser assim tão auto suficientes e de alguma forma viver em um lugar aonde ninguém pudesse me alcançar, nem você com esses braços tão maiores que os meus. Se eu tivesse o poder de fazer você engolir a seco todas essas palavras faladas, pensadas, todas as palavras vindouras de um coração enraizado de arrogância, palavras que até hoje você usa para me ferir. Tudo o que eu mais peço a Deus é para que ele navegue comigo nesse mar em fúria, e me ajude a conseguir passar pelas tempestades que só querem me fazer naufragar, que ele sustente as minhas velas e faça o meu casco forte, e me guie até a praia, porque até hoje só consigo vê-la da minha luneta ao longe. Apenas encontro garrafas boiando com mensagens dentro, prometendo a bonança tão esperada. Quase não consigo mais ser capitã desse navio, o mastro está ficando cada vez mais pesado, e já quase não consigo girá-lo para o lado certo. O céu a noite distrai a minha mente, me fazendo enxergar apenas as estrelas que parecem os teus olhos ou o teu sorriso. E quando é dia só vejo miragens da tua boca me chamando. Já avisei a ti Senhor que estou quase morrendo, não tenho mais comida, nem água para beber, a minha tripulação já não existe mais, foram todos mortos por aquele monstro que estraçalha corações, seus corpos a terra não há de comer, e suas almas estão a vagar por este mar nebuloso. Já avisei a ti Senhor que estou quase desistindo, por favor me tire destas águas revoltas e me faça aguentar firme porque sei que esta dor está findando e não quero morrer na praia.

Colombina

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tudo o que ficou!

Lembrar e relembrar como tudo começou...
Ouvir você com som alto na minha calçada, buzinando, olhando para a porta e esperando eu abrir o portão… Toda vez sempre igual.
Mandar emails quando brigavamos, buscando uma reconciliação, te escrever cartas, tentando materializar o amor sentido dentro do peito, mensagens, as mais inesperadas possiveis.
Te abraçar, sem o tormento da perda…
Tardes de TV jogando o tempo fora, filmes no meu quarto, mais edredons e pizzas na sua cama, meu chiclete e o seu chocolate guardados dentro do carro.
Andar léguas de mãos dadas, mesmo que estivessem suadas.
Suas broncas…
Me levantava com um braço só,
Cheiroso…
Sentir sua respiração.
Seu sorriso que me fazia sorrir…
Fazer carinho nas suas costas, enquanto você fingia que dormia só para eu não parar de deslizar os meus dedos…
Dizer que você era lindo e era meu, quando te sentia chateado...
Passar noites acordada, a você me juntar, ignorando o que eu não gostava, só para ficar mais perto de você.
Dividir amigos…
Espalhar carinho…
Passar tardes de domingo na sua casa, te vendo jogar video game, sem nem me deixar encostar nos controles, sem me dar conta das horas…
Estrada de chão, poeira...
Escutar suas angústias com a familia, tentar te convencer a fazer o certo…
Te cobrir, ver você dormir…
Esperar todos os seus momentos…
Esperar você pular a janela, sem os cachorros latirem.
Aprender a gostar mais ainda de futebol…
Apenas um natal…
Apenas um dia dos namorados…
Poucos aniversários…
Te olhar passando o perfume em um espelho, mas o cabelo só podia ser penteado no outro banheiro...
Observar logo cedo você preparar leite com toddy no microondas, jogar leite em pó dentro e comer com a colher...
Ouvir você pedindo suco de limão para a minha mãe todo final de semana, enquanto eu tomava refrigerante.
Rir quando você ganhava um tênis novo e se gabava sempre...
Escutar você falando sempre sobre dinheiro.
Ouvir você dizendo que todo mundo era um saco.
Ler os seus gestos, entender o seu jeito machista e orgulhoso, admirar as suas visões sobre a vida que passava na nossa frente…
Sempre escrever sobre você nas minhas agendas de adolescente…
Parabenizar pelo ganho do primeiro carro.
Te abraçar quando sua mãe viajava.
Meu medo de te perder.
Nossa fama.
Andar na rua…
Viajar aqui para pertinho uma única vezinha e ao invés de curtir, dormir a tarde toda…
Aguentar que você tinha aprendido a beber, sair, mentir, trair...
Parar para tentar te entender, perdoar, enchergar, abraçar, amar, parar para viver você…
Podiamos ter passado mais tempo fazendo coisas juntos, como as noites de teatro, cinema, fondue…
Ficar deitados até mais tarde, conversando, rindo e brincando de lutinha…
Ter encontrado um jeito de passar por cima dos nossos dramas mais tranquilos, esmaga-los e esquece-los…
Passar mais tempo na sua casa e dividir mais pensamentos e desejos.
Você ir comigo aonde eu quisesse…
Nos conhecermos ainda mais…
Saber se você largaria tudo por mim, e passaria junto comigo todas as tardes até ficar velhinhos…
Perder mais tempo beijando em vez de falando, amando em vez de brigando, esquecer o horário, ter parado de ir embora querendo ficar mais, ter deixado de lado um pouco os amigos, Perder tempo sorrindo…
E amar, pular, brincar… E dividir mais o sofá, o tapete, o chão, o seu coração. Te ajudar a cansar menos durante o dia e cansa-lo muito durante as noites… E levantar, se entregar e dar boa noite todo dia e avisar sempre aonde ia, recomeçar toda manhã, fazer mais dengo, te fazer sorrir mais.
Devia ter esquecido para sempre as magoas que sempre nos perseguiram, devia ter parado de ficar parada esperando as coisas aconteceram por si próprias, decidido logo se abria a porta ou te mandava embora, parado de derramar minhas lágrimas por todos os lugares, deixando sempre um rastro. Mais confesso que ainda arrisco, te espero, e espero o tempo me dizer a hora de parar e desistir. Mesmo diante da sua e da nossa ridicula, imatura e orgulhosa necessidade infinita de se afastar e se ignorar, amo você. E por tudo aquilo que vivemos não te esqueço e te pinto sempre na minha memória. Volta!

Colombina...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Enfim, agosto...

O Caio disse que é tolo entrar em depressão com pouco mais de 20 anos, e é mesmo, tanta coisa para viver, ver, sentir, ter... E eu aqui nesse marasmo infinito, mas confessso que é dificil me desvencilhar de coisas que a pouco eram minhas e no minuto seguinte já não eram mais.
Ah é que as vezes me chegam dias como hoje, em que reconheço que não posso lutar em guerras para as quais não tenho armas, hoje me sirvo de pensamentos um tanto realistas, de que certas coisas não me servem mais, pensamentos do tipo "chega" e "é perda de tempo" algo desse tipo, acho que paciência não combina mesmo com sentimento. O silêncio só aumenta a minha ansiedade, e eu nunca consigo terminar o que começo, quando vou ver já estou no meio, perco o inicio, daí antecipo o final, e isso está se tornando cada vez mais ácido. Por vezes tento me controlar, busco um foco, mas quando vejo uma luz, olho para o lado e vejo mais umas dez, a qual devo seguir meu Deus? talvez eu complique demais, talvez eu precise de um calmante, ou uma dose de desesperança, só me interesso pelo que ultrapassa. Quero coisas normais, quero querer coisas normais. Afinal por onde anda a minha vaga? e o meu caminho? essa trilha me tirou da estrada, me levou a um atalho que só me faz andar em circulos, alguém ai me manda um sinal? fumaça, gritos sei lá qualquer coisa. Chega em mim e me chacoalha, talvez isso funcione. Concentração: preciso disso, me concentrar no que mais me interessa, mudo de idéia tão rápido, porque? complicação é meu sobrenome e a complexidade me acompanha. E quando passo pela porta do quarto, logo atrás vem a duvida, pregada nas minhas costas. Eu ando sorrindo mentiras por ai, ando tentando querer mais o que é importante. Todo mundo precisa se perder um pouco para se encontrar, mas eu não estou nem perdida, já estou esquecida. Quero o caminho de volta se é que ele existe. Talvez me falte coragem, por vezes sou medrosa... Por vezes sou fria... Por vezes me acomodo. Me sinto pequena demais para um mundo tão gigante, e percebo que estou cada vez mais ficando para trás. Hoje amanheceu o primeiro dia de um mês assombrado. Agosto entrou enfim pela ponta dos pés, para mim podia ser um mês apenas no calendário, mas ele está aqui de volta fazendo seus talhos na madeira marrom da memória, em plena luz do dia vejo o fio de sua navalha afiada avaliar as minhas feridas e o sangue se espalha lentamente pela minha pele. Me aperta a deslumbrante certeza de que em mim está sendo despejado dias misteriosos que começam a fluir em meus olhos marejados de lágrimas, busco no céu azul celeste sem fim a razão destes muros cada vez mais altos que o medo tem levantado a minha frente. Estou parada, a vida lá fora é indiferente, ela continua a seguir e a minha correnteza não a alcança, talvez eu não queira acompanha-la, talvez eu seja medrosa o suficiente para não encara-la, posso manter a distância que quiser, não vai dar certo. Não quero ficar para sempre presa a memória de um verão. Não. Não quero tornar a segurar a lança pela ponta. Mas sei que todas as noites as escondidas enquanto durmo alguém foge com as minhas certezas escondidas entre os dedos. Pelo menos deixe um bilhete na minha lapide, caso eu acorde.

"Não quero lembrar. Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam. Agora já passou. Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido diferente."

Caio F. Abreu

terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma rima pregada na boca!

As vezes parece o que tenta ser.
E esconde o que é de embravecer.
Se alimenta de dor e sonhos,
Muitas facetas e olhos risonhos.
Titulos seus,
Agonias mutuas.
Orgulho por provocar tantas amarguras.
Esperar o que? Se está tudo perdido,
Mas já tens todo caminho andado,
Ou um tempo esquecido,
Tua rima não gruda.
E teu peito endurece.
Quanto mais se junta,
Mais desaparece.
Indiferença nata,
De dar e vender,
Só o que fica na caixa,
É o jeito de ser.
Tantas fotos,
Tantos risos.
Quer sufocar,
O que está esquecido.
Se engana e se fecha,
Se mata e se impôe,
A uma sociedade injusta,
Olha até aonde vai a tua astucia.
Se prende e erra,
Num jogo sem luta,
Quem dá as cartas rouba,
Quem está de fora julga.
As queixas são tantas,
Que não cabem em espaços,
Porém a saudade é tanta,
Mata até os passáros.
Faz-me esperar pela quinta vez,
Podem passar mais dois anos,
Ou até mais seis.
Minha fé é grande,
Meu pavio talvez.
Mas meu amor é sorte,
De tanta morte se refez.
Saber é escolha,
De quem aprendeu a ser.
Eu não pedi,
Mas meu ardor é você.

Colombina

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sabe aquelas horas em que afago os teus cabelos? O nome disso é carinho e amor verdadeiro!!!

As vezes o amor ilude, engana, promete, distrai. As vezes ele embaralha, alegra, confunde, machuca. E pessoas que pensamos conhecer há anos acabam virando meras desconhecidas do nada e, outras, que chegaram agora, parecem saber quem somos há duzentos anos. É tão dolorido, mas infelizmente é assim que as coisas são para "alguns"…
Porque por incrivel que pareça isso não acontece com a gente, posso ficar mil anos sem te ver, que quando te reencontrar saberei exatamente tudo, basta olhar no fundo dos teus olhos, porque você quase se entrega e me diz tudo com gestos, frases implicantes e olhares encabulados. Os nossos cheiros se misturam e a nossa pele se retém ao toque que é único, você por vezes ainda meio sem jeito e com um orgulho bobo, procura não me abraçar muito, mas logo demonstra com um sorriso estonteante e com palavras que apenas nós dois entendemos. E toda vez que te vejo, fico parecendo uma menina que acabou de ganhar uma boneca. Ah eu queria ter você assim todo dia, no meu colo só para mim, e me recostar no teu peito, para ser afagada como se deve ser, sentir teu cheiro, e a tua mão na minha perna, ser pega de surpresa com o teu abraço tão maior que o meu. Meu coração doi as vezes, e meus olhos chegam a ficar molhados, é por causa da falta que você me faz. Quando eu era pequena e me machucava ou estava sentindo alguma dor, todos os adultos diziam que era só dar um beijinho que passava, então será que se eu der um beijo no meu coração ele sara?

Colombina... A que quer de volta...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

E todo dia ela se refaz!

Andei pensando coisas. O que não é raro, dirão os insensiveis. Ou "o que foi desta vez?" - questionariam os complacentes. Para estes ultimos, quem sabe, escrevo. E não falo, digo: andei pensando coisas sobre essa moça que alguns chamam de "Colombina" e sabe a conclusão que cheguei? que essa moça é uma pessoa de primeiras vezes. De insensatez.
O primeiro abraço pela manhã a fascina; principalmente porque não existem esses abraços, apenas pessoas para tropeçar em seus passos. Só mesmo a lentidão das horas tem espaço nessa pequena porta que atravessa… E não demora muito para o seu brilho ser ofuscado por outras cores que se impõe. O vento ultrapassa barreiras e a vida começa todo dia sua rotina desumana: gritos, traços, correria, teclas, contratempos… Porque a saudade sempre desperta quando os seres humanos não abrem os olhos? Ela acha tipos, enfia as mãos no rosto, acelera a caminhada e volta para casa.
De vez em quando espia a lua de sua janela enquanto procura nomes escritos nas paredes. Um soluço, outro soluço e as nuvens se embaraçam ao longo de seu olhar. Quando tudo faz silêncio é hora de fechar as trancas e se esconder no sono… Rotineiramente ela espera pelo sol; mas nem sempre seus raios a agarram em tons coloridos pelo céu de seus desejos. Mas quando chove, ela gosta, porque dá mais vontade de dormir quentinha; parece uma menina boba debaixo das cobertas vendo desenho, esperando que um sopro arteiro a enlace, fazendo "mover" mais uma vez; e quando levanta parece mulher com a roupa toda amarrotada exibindo suas formas aprendendo a ser elegante… Quando a tarde vem, ela conta os minutos, esperando a noite chegar. Segue cada passo de um show interno de fogos que a faz respirar fundo recebendo as lembranças antigas que provocam sensações de montanha russa. Vez em quando derrete. Vez em quando aponta. Vez em quando salta, e só… Coração roubado, amores imperfeitos…
Até chegar a entrada passa pela cozinha onde prepara qualquer coisa leve. Mas não consegue e volta para o quarto, carregando um copo. Por lá se encontra com livros ou com sons, tentando esquecer notas e muitas vezes de si mesma, encosta e fecha os olhos, sente um frio e faz uma oração, uma prece e quase chora, quase morre… É assim, termina adormecendo ali e acorda só de manhã, nunca anda descalça, está sempre de pijama bambeando pelo meio da casa. Outro dia, mais um... Chega no branco e escreve. É desse jeito que ela vive com personagens. Planta lembranças, colhe desepero. Dias inteiros se acumulam naquela tela em baixo daquela lampâda que ilumina aquele lugar cercado de falsidade, ignorância e hipocrisia. Tudo ali junto, tudo sendo sentido por peles nada merecedoras de um massacre. Rodeados de inveja e uma ganância imoral. E ela simplesmente não se aguenta, se escora e por isso sempre escreve o meio e o fim de suas histórias, porque o começo ela nunca sabe aonde vai parar. Ela quer mesmo é dar um adeus definitivo. Já percorreu o universo inteiro; mas nunca esteve aonde queria estar. Se encontrou, reencontrou e se perdeu, não tem confidentes. E amanhece sempre sozinha… Espia os passáros e procura saber sobre o tempo e o lugar. O coração é antigo, com decoração inalterada com portas e janelas fechadas para qualquer coisa. Largada por si mesma a míngua, nem ela entra. E vive bem sozinha. Mesmo tendo familia e cachorro. Que por sinal conhecem suas manhãs e manias. Se ela pudesse nem sairia de casa durante o dia. Talvez assim suas histórias não seriam expulsas de si mesma, entregando a todos a sua realidade escondida. Olhos marejados, exaustos de ver a tela do computador... Tenta ser poeta ou escritora, para se tornar uma testemunha eterna de sentimentos vividos, caça moldes e formas variadas de si. Segue suspirando sonhos, dia após dia. Até que me encontrou aqui e todo dia vem me contar o que há.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quero paz, quero mais...

Ah, tem coisas que quero tanto. Meu Deus, me dá cinco anos novamente por favor.
Me dá um pé de cereja com bastante cor, me dá um dia de Natal e a sua véspera, o barulho das pessoas chegando felizes.
Me dá a adedonha para eu brincar, me dá uma noite sem fim para eu dormir no colo da minha mãe. Me dá o amor da vida toda, felicidade infinita e medo sem partida,
me dá o ombro, me cura do trauma de ter ficado grande, ó meu Deus, meu pai, meu pai, por favor, por favor. Dá logo uma volta inteira na terra e me busca aqui, me tira desse labirinto. Sara aqui esses buraquinhos que fizeram no meu coração frágil, tira de mim os olhares famintos. Me salva do poder de deduzir tudo de ruim. Me encontra aqui no fundo da rotina, me liberta desses meus dias. Ofusca em mim um brilho natural que seja capaz de afastar a dor. Equilibra a minha balança do bem e do mal. Me exponha as luzes do teu sol e de todas as suas criações. Me mantenha em baixo de suas asas, e não deixe que o amor venenoso me afete cada vez mais. Arranca de mim o ódio penoso e apaga da consciência esse amor enganoso, que só quer saber é de maltratar. Tira de mim o dom de doer. Me ensina a esquecer. Me perdoa se passei do ponto e atravessei os limites, fiz tudo tentando acertar. Mas enquanto eu acho que é tudo dor e saudade tu vens e trabalha sem transparecer, só para eu me sentir mais leve. Obrigada Deus. Amém!

"A vida é assim, Senhor? Desabam mesmo pele do rosto e sonhos?"

Adélia Prado

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A noite ultrapassou a si mesma, e se fez em manhã triste!

Horas de descontentamento como aquelas, servem para mostrar que a tempos eu estou me desprendendo sem nem perceber e que o vazio aqui dentro que a muito gritava, está quase todo preenchido. Já o seu consegui ver de longe, mesmo te vendo no alto era nitido que está cada vez mais perdido. Eu poderia chamar (te encontrar do nada) de conhecidência, mas acho que escolho chamar de azar mesmo. Perverso. Acordei pensando, e juro por Deus que fiquei rindo e sorrindo de uma situação tão desprezivel. Estou com a música de ontem na cabeça "E se a vida te der alguém melhor que eu DUVIDO e se o amor vencer todos os preconceitos, que você seja feliz, feliz, seja seliz eternamente" esse duvido ai faz parte da música mesmo, mas é isso o que desejo, que seja feliz. Você não sabe mesmo mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito está diminuindo, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Não sabe quantos livros posso ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os meus filmes favoritos. Não sabe o quanto amadureci. Você não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Não sabe que eu quase nunca mais me atentei para a saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Você não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia, e nem imagina que foi você quem me ensinou esta alegria. Não sabe também que hoje não acordei com aquela vontade imensurável de matar a saudade escrevendo sobre você, simplesmente porque não despertei com a minima saudade da tua pessoa. Não quero mais lembrar, porque só faz é mal ficar me recordando das coisas que se foram e não voltam. Por isso estou enchendo o peito agora com mil suspiros, para ele ficar logo bem levinho. Sabe que pessoas como eu sofrem mais e se decepcionam mais? mas também por outro lado crescem cada vez mais, e nesta segunda feira digo mais uma vez um "Oi" bem bonito para a distração. E a partir de hoje vou começar a pensar que se estivermos mesmo destinados a ficar juntos encontraremos o caminho de volta, e que talvez as horas amargas de uma noite terrivel, sejam as boas vindas para um dia doce. Posso perder tudo na vida, menos o espaço e as letras. Porque apesar de tudo de ruim que já fiz, passei e senti, sou forte e mereço o máximo do bom que existe e sem culpa.

Colombina.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Constantemente, inconstante...

Você olha de longe e não percebe e se não se aproximar nunca vai saber: Que gosto de livros e mpb, queria saber dançar, troco uma balada para assitir uma peça, gosto de andar até as pernas reclamarem, tenho preguiça de filmes de ficção, e vejo pequenos detalhes onde os outros só enxergam rotina. Adoro analisar as pessoas. Não procuro saber sobre você, mas sempre tem alguém para falar algo, não fuço as suas páginas sociais, nem pergunto sobre a sua vida, pode acreditar porque é mesmo verdade. Odeio futilidades e o jeito das pessoas que querem ser demais, alguém avisa a elas que é ridiculo ser assim. Sei que fiz uma coisa ruim, mas não me esqueço, as vezes que me traiu e depois chorou arrependido sem me dizer o porque, não esqueço as vezes que gritou, as vezes que usou palavras feias só para me magoar, as vezes que mentiu e me deixou com cara de boba, as vezes que me deixou por qualquer uma que passava na sua frente, também não me esqueço das minhas tardes sentada nas escadas chorando por causa das suas atitudes, das vezes que desligou o telefone na minha cara, das vezes que passou na minha frente com corpos estranhos que nem sequer conheciam o seu coração, as vezes em que preferia a companhia de amigos que na verdade não eram amigos nem deles próprios, as vezes em que eu não dormi, as vezes em que eu não conseguia comer e nem pentear o cabelo, as vezes em que as lágrimas desciam na frente de estranhos e eu sem conseguir evita-las, as vezes em que meu coração doia tanto a ponto de... Na verdade estou tentando através dessas teclas escrever o que eu sentia, mas é impossivel. Quem faz o mal, não o sente, mas quem recebe nunca esquece. E até hoje quando eu lembro a minha alma dói, então se formos pensar talvez eu não mereça ser tão julgada não é verdade? O fato é que eu me rebelei porque já estava cansada de tanto ser colocada de lado toda vez que você tentava se apaixonar por outra e ainda dizia que era para tentar me esquecer, aquela altura eu já estava cansada de chorar, de não dormir, de não dar conta de fazer nada direito, de não conseguir me concentrar na minha vida, de ver tudo o que eu via, de ouvir, de ter que aturar, sempre me pediam para esperar, para ter calma, paciência, mas eu já estava exausta de ser boazinha, de ser feita de idiota, de não ser valorizada, de amar sem ser amada, meu primeiro amor e meu primeiro sofrimento. Eu já estava cansada de ser maltratada, de todo dia você encravar uma faca no meu coração, de sofrer e doer tanto, a ponto de sentir a alma fora do corpo, meu Deus é inexplicável o quanto você me fez mal, o quanto você me torturou, é incompreensivel o quanto você me machucou, o quanto derramou o meu sangue em vão, o quanto fez buracos na minha alma que era tão doce, o quanto foi cruel a ponto de rir e achar engraçado, estou descrevendo e sentindo toda aquela dor novamente, e sentindo raiva também, porque eu não merecia tudo isso, eu te amava tanto, tanto que daria a minha vida por você. Eu abraçava o travesseiro para ver se amenizava, mas é fora do normal a dor que eu sentia, eu definitivamente preciso parar de escrever sobre isso, porque eu não consigo me expressar o suficiente para que qualquer pessoa nesse mundo entenda o que eu sofri, porque droga é impossivel explicar, o quanto você me magoou. Mas sabe o que é pior? você ainda quer ser o dono da razão e o certo em tudo, será que você não encherga? será que nem ao menos se lembra? eu poderia agora colocar a minha mão dentro do seu peito e arrancar sem piedade o seu coração sangrando, para ver se você consegue compreender o quanto foi duro, a minha dor não era só emocional, era fisica... Eu poderia ficar aqui o dia todo escrevendo todas as coisas ruins que você fez comigo, mas realmente não caberia neste blog, o que não cabe nem na mente de uma pessoa sã. E agora eu me pergunto, porque ainda escrevo sobre você? porque diabos eu ainda lembro de você? porque eu ainda amo você? se você nunca foi merecedor do meu amor. Ah que coisa mais estranha para um simples ser humano compreender, só Deus sabe o quanto te amo e te odeio. As vezes tenho vontade de escrever o seu nome aqui umas mil vezes, e tenho vontade de te mostrar esse meu refúgio, para ver se você entende o quanto foi injusto comigo, mas você é tão orgulhoso e tão machista que nem assim compreenderia. Ai que cabeça dura você tem. Será que não vê, que estamos"kits"? e por tudo isso eu te perdoei, então perdoa também. Sabe estou cansando de tanto assustar e afastar as pessoas, cansando de esperar vidas se resolverem por uma promessa de futuro e ficar para trás mais uma vez.
E quem vai cuidar de mim? Quem vai levar de prêmio o meu amor? Quem tem coragem de assumir o desafio e o meu coração pesado? Se não for você, não conheço outro. Apostem suas moedas, e esperem o próximo capítulo. Enquanto isso, eu também espero, e esperar dói.

"Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho".

Tati Bernardi

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ao menos arrisque me carregar junto de ti...

Já faz um tempão que invento e reinvento os meus próprios dias, é que por vezes quase não me aguento de tanta ansiedade para esses dias acabarem logo, imploro... Acaba logo, acaba logo, quem sabe não se passe pelo menos um ano de uma vez, ah se eu pudesse, atravessar a vida como louca, sem dar importância a coisas que maltratam, e ultrapassar essa correnteza de pesadelos intermináveis, chegar ao outro lado, ao grande topo, inteira e completa. Que falta faz o teu abraço tão maior que o meu, me fazendo sentir quentinha e protegida. Sonhos para mim são como se eu estivesse presa em uma caverna qualquer, com fome e frio, é que a maioria deles sempre me deixa com mais saudades, os meus sonhos com você são sempre tão reais, quando vou agarra-lo acordo com a sensação de invalidez. Tem dias que chego a pensar tanto em você que me esqueço completamente que não é somente aquela avenida inteira que separa nossos corpos, mas sim uma ponte destruida ao meio, é impossivel passar por ela, ponte que me levou do paraiso ao inferno em apenas um segundo. Tempo, tempo, tempo, ele diz que cura as feridas, mas ele não cura é nada. E eu fico aqui tendo que fingir a todo momento que passou, sóbria, sentido tudo sem anestesia, paralisada quando você passa por esses meus pensamentos malditos e eu sinto seu cheiro pelas grades da minha memória. Estimulante quando falo com você e fico tão feliz ao ponto de tremer e o coração pulsar chegando a quase me dar um troço qualquer e eu cair por ai, tendo que ser amparada por algum desconhecido. Grande Sr. do psicológico ultra superior e avançado, o que ganhas me trazendo tanto sofrimento? vingança? ou é apenas uma forma de se divertir um pouco por saber que está sempre em meus desejos? Ah esquece esses teus devaneios malucos, me encontra devagar, sem pressa, me identifique, me analise, olhe profundamente nos meus olhos, me perdoe, me cale e me beije como só tu sabes.


"É fácil, basta você querer, eu ainda quero tanto."

Tati Bernardi

quarta-feira, 6 de julho de 2011

São tolas e lindas as coisas que sinto por você!

A vida é feita de encontros e despedidas, a todo momento.
Houve um dia que eu me encontrei de uma maneira diferente, de um jeito que nunca havia conhecido antes. Esse novo encontro comigo mesma implicava numa despedida. Mas dessa vez era um adeus real, então caminhei, Mudei. Alguns não entenderam, outros se rebelaram e alguns preferiram se afastar. E eu cada dia mais me encontrava. Caçadora de mim. Em paz. Me acostumando com essas despedidas. Entendendo que elas sempre fariam parte da minha vida. Mas logo depois me perdi completamente.
É interessante como algumas situações na nossa vida moldam "a argila do nosso caráter", eu li isso em algum lugar. Desde sempre eu sabia que de vez em quando iria te ver. E sentiria coisas que só eu posso entender. Então chegaria em casa chorando, seria carregada para a cama, num clima melancólico, mas ao invés de dormir ficaria algumas horas, quieta, derramando lágrimas, sentindo falta. Até que a dor da saudade seria tão grande que eu pularia para cama da minha mãe e ela me afagaria, quieta, sem poder explicar minha tristeza. E algum tempo depois, lá ia eu de novo, pensar no que eu poderia aprender com isso. E eu ficava ali analisando a situação, valia a pena. Sempre. Bom, acontece até hoje.
Isso me ensinou uma coisa valiosa, que eu carrego e sempre carregarei comigo. Minha mala está sempre pronta, debaixo da cama. Estou sempre pronta para partir. Minha casa é onde estou. Se estou sentado na sua cama, ouvindo sua voz, ali é minha casa. Se estou debaixo de uma chuva, caminhando sem destino, ali é minha casa. Fechar os olhos e lembrar disso me faz respirar uma liberdade nunca antes vivida. Foi uma coisa boa que aquela dor me ensinou. Meu porto seguro é o vento. Cresci.
Te reencontrar as vezes é amar sabendo que a dor da despedida nunca se vai. E ai eu me lembro de: Cada segundo. Cada concórdia e discórdia. Cada olhar, toque, beijo e palavra. Tão diferentes e tão parecidos. Acredito que espíritos se aproximam por afinidade em sua energia. Enxergamos a vida de forma semelhante. Mas caminhamos em trilhas diferentes, que levam ao mesmo rio. E no momento cada um usufrui do que essa trilha proporciona. Quem sabe a gente não se encontra no final? é que hoje acordei assim meio otimista mesmo. Eu me arrependo e muito daquela coisa ruim... Mas percebo que assim amadureci e nossa, como nasci para a realidade, e sei que hoje eu estou realmente preparada para aquilo que infelizmente tivemos tão precocemente um pelo outro: O amor verdadeiro!
Mas por que teve que ser assim, tão cruel? Acabou? Não sei, acho que sim, gostaria muito de saber. Busco a resposta. Remando em Silêncio, o barco da Paciência, pelo rio do Tempo. Silêncio, Paciência e Tempo.
Odeio aquele dia em que eu tola, disse adeus.

O Caio F. disse: "Queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa que eu escrevi".
E eu queria que você me amasse pelo que escrevo para ti, meu menino do abraço grande.

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Se" conseguir, compreenda...

Visite todo o mundo, mas não solta da minha mão. Corra de mim, mas me busca nesse seu abraço tão maior que eu.
Pode cortar quando falarem de mim, e deixar o vazio aparecer de repente. Eu sei que a culpa é só minha. Provoca minhas inseguranças, de tanto que eu já provoquei as suas. Pega meu ponto mais fraco e torce até sair minha última gota de orgulho. Esfrega bem na minha cara o que eu perdi e que logo vai ser de qualquer uma novamente e que eu nunca mais vou ter. O que eu não sei e nunca soube ter.
Grita que eu mereço ficar com um buraco bem grande dentro de mim por não saber cuidar de uma coisa tão simples e tão pronta. Mas você sempre pediu mais do que eu podia dar e eu tentava ser mais, quis menos, sempre quis diferente. Você sempre exigiu muito, você sempre quis tapar a sua ausência e as suas coisas erradas com presentes, mas eu te digo que não adiantava eu só queria a sua existência perto da minha, mas a verdade é que eu não soube nem existir para você.
Com certeza, você não tem que responder direito, você não tem que falar comigo e nem me tratar bem. Afinal, não fui eu quem acabei com toda e qualquer possibilidade de ter você longe do mundo e perto do meu coração? então você está certo mesmo, se protege da louca aqui que só quer brincar com sentimentos enquanto não cresce, e não tem os seus próprios sentimentos.
Olha só, ta vendo esse coração podre aqui? Cabe muita solidão e mais um monte de coisa ruim junto, mas o espaço de amor está esperando um pouquinho para dar as caras mais uma vez. Ele tem medo de acabar gostando mais ainda da sensação e descobrir para que serve de verdade, e de depois nada dar certo. Espero um dia conseguir dar fim a esse turbilhão de sentimentos, como você mesmo disse o tempo é o melhor remédio não é? mas talvez não para mim.
Isso mesmo usa todo seu vocabulário monossilábico comigo. Testa bem os meus limites, minha paciência, minhas loucuras... Eu ainda não posso ser o que você quer de mim. Eu posso ser essa metade que não encaixa, mas sabe falar por horas e completar frases bobinhas. Eu espero um dia conseguir entrar nesse por cento que te cerca e me tornar indispensável novamente. Impossivel.
Tudo bem você até pode esquecer que por um tempo eu fui mais que todas as outras, essas ai, que são mais é feitas de frases bonitas e de muitos "te adoro" Só não me deixe morrer em você, não precisa contar para ninguém, faça com que todo mundo pense que sim, mas não me deixe morrer em você, não me deixe morrer em você... Porque em mim você vai continuar vivendo. Com seu abraço maior que eu, com suas palavras que sempre me deixaram sem ação, com seus pensamentos machistas e sempre sendo alguém além do que eu sei ter.
Vem aqui, acaba o post para mim. Você é a inspiração em pessoa e a minha simplesmente não existe. Não me deixe sumir nos códigos. Você está me afogando na tentativa de me deixar para trás e por favor não confunda me ignorar com me apagar. Não me afaste nem me mate um pouquinho todo dia. Esqueça o antes e o durante e refaz o agora que eu gosto tanto. Eu só quero isso. E nem me pergunte novamente se eu prefiro mesmo aquele menino de 16 que me levava para sair de ônibus, porque a resposta será a mesma, eu gostava muito mais dele, eu gostava muito mais, e sabe porque? ele me amava, ele chorava e sorria comigo e era de verdade... Me deixa te conquistar de novo e me conquista todo dia também, não queira me levar só no final. É tão simples apenas volte para a folha em branco e caminhe com mais calma.


"Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz."

Tati Bernardi

segunda-feira, 4 de julho de 2011

*Então parabéns*

E eu ainda estou aqui escrevendo para você, simplesmente escrevo nem sei porque, talvez por hábito, ou talvez seja mesmo por um amor interminável, ah sei lá. Tudo mais confuso ainda, mas tanto faz. O silêncio me doma quando ouço o barulho das teclas que disparadamente enfeitam letras com sentido na tela deste computador, ta certo que algumas palavras são secas, mas todas com sentido. Ouço o som, são melodias breves, algumas tocantes, outras até conseguem entrar profundamente em meus ouvidos surdos. Não adianta, sinto a sua falta. Mas é uma falta que não doi sabe, nem machuca, mas... FALTA. Passei o final de semana pensando e tentando aprender algo de útil para um futuro talvez mais promissor que o presente. E de algum jeito qualquer tenho seguido o que acredito, mesmo que seja do meu jeito meio torto. Você mesmo longe, em algum lugar deve ter recebido meus suspiros, cheios de esperança e uma docilidade qualquer. Tenho tanta coisa para te dizer! Coisas que você já sabe, você sabe dos meus tropeços e sabe também dos meus avanços. Você, você, você, sempre você... Que dificil escrever para você no seu aniversário, quando eu acho que já escrevi tudo o que poderia dizer, quase não cabem mais palavras, já disse tantas vezes que não te esqueço, já pensei tanto em você que acho que você até já sente de tanto que eu penso, então dizer aqui que quero muito a sua felicidade soaria um tanto clichê demais, eu tento não ser piegas, mas a maioria das vezes não consigo, por exemplo hoje, no dia do seu aniversário aparecer e te dar parabéns pessoalmente seria clichê, quem sabe eu não tenha um encontro inesperado com a coragem e te ligue, mas mesmo assim seria clichê, então dou parabéns por aqui, mesmo sabendo que você não vai ler. Mas a verdade é que quando gostamos de alguém somos o mais clichê possivel, assim mesmo sem nem notar, clichê, piegas, boba e irracionalmente sem noção, fazendo coisas que um dia jurou nunca fazer. Estou aqui lembrando de quando namoravamos, eu começava na sexta feira a suar frio, me recordo também da minha enorme vontade de chorar quando você demorava e eu achava que você não iria mais, a maioria das vezes você não ia mesmo, mas quando chegava eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo, mesmo quando eram por segundos, mas era muito bom estar perto de você, pareciamos até duas pessoas normais, era perfeito, mesmo quando você ligava e eu tinha medo de te atender, juro por Deus que eu tinha medo de você brigar ou de terminar comigo acredita? mas claro você sempre terminava por qualquer besteira mesmo, e eu não queria te perder, eu te amava tanto... Mas eu fui feliz mesmo com tudo, eu sorri, superei, libertei, salvei, sobrevivi. O amor é mesmo isso, cores gritantes. Então não tenho nada demais para desejar a você, mas posso agradecer, agradecer a Deus por ter te colocado na minha vida e por você ter sido um dia meu e por eu ter aprendido tanto com você, mesmo com todos os seus defeitos singulares e irritantemente encantadores. Agradecer por você existir e por ter existido por um longo tempo só para mim, sabe que eu te admiro até assim estranho e distante, você vive longe mas bem pertinho ao mesmo tempo, agradecer a esse amor, porque antes de te conhecer eu já te amava e te esperava, eu já sabia que você me esperava também em algum lugar, seria impossivel ter te conhecido e depois não ter me apaixonado, porque você era simplesmente apaixonante, você tinha forma, sorriso e coração, para mim era o mais lindo do mundo. Eu me perdia com seus encantos, com as suas palavras simples, engraçadas e banais, você era a minha vida, naquele breu eu via um ponto de luz, ainda hoje me perco com você, sabe porque? Porque eu sei que é amor... Aliás melhor dizendo, acho que as vezes o amor até morre, a importância se desfaz, com o tempo os detalhes especiais já não fazem o minimo sentido, acho que para os amores impossiveis, rebeldes, dificeis, nada melhor do que o tempo. Então vou deixar esse sentimento sem nome por enquanto até eu conseguir classifica-lo. Mas sei que fui feliz, sou feliz, e espero, até chegar o dia em que eu consiga tocar o céu ou o seu cabelo! Eu queria dizer algo que você entendesse facilmente, mas o que posso dizer? Dizer que você é o meu sol, que me ilumina, que brilha, mas não pertence a um só alguém, dizer que é estrela que a gente olha o céu para vê-la e ela continua ali intocável, dizer que é um beija-flor que nina as flores mas que deixa seus amores a míngua, dizer que é um relâmpago iluminando a escuridão. Você é o bem e o mal que caminham todo dia juntos, a minha maior alegria e meu maior pesar. O meu doce e lindo amor e também a minha maior ilusão, mas a melhor coisa que aconteceu nos meus 23 anos. Por tudo isso, te desejo hoje e sempre que tudo o que você mais ama floresça, mesmo que não seja eu, então acho que é isso, você provavelmente agora deve estar felicissimo com os recados de felicitações e nem lembra que existo, e nem liga que eu não te dê parabéns, mas mesmo assim eu ainda estou aqui te desejando felicidades, paz, amor e luz, muita luz... Igual a essa que irradiam os teus olhos. Acho que nunca deixei e nunca vou deixar de te amar e isso quer dizer que quero que você seja feliz da maneira que escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo. Feliz aniversário meu amor. Sinta-se abraçado, com o abraço que todos os dias ao acordar eu sonho em te dar!


"Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro."

Caio F. Abreu

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dias como esses não deveriam existir!

Sou um nó, tentando ser laço... É que algo me prende nesse sonho lúdico, ultimamente não tenho conseguido ser eu mesma, é que a cada dia que passa eu me largo um pouquinho nesses devaneios da minha mente insana, ontem estive de plantão naquele poço de mágica, joguei todas as minhas moedas nele e fiz pedidos com cada uma, e tudo o que eu havia perdido eu pedi, e eu não desisto mesmo, sempre encho aquele poço de lágrimas para jogar novamente as moedas, força de pensamento é o que mais tenho, é dificil chegar até ele, cheio de lodo e plantas venenosas em volta, mas o que vem fácil vai fácil, então nem reclamo.
Sou semente tentando ser alguma flor... É que nunca sou regada ao ponto de crescer, e a luz do sol quase não me ilumina, a minha estufa também está suja e mal ventilada, e os passáros não cantam aqui por perto, é que tem um bicho malvado aqui pelas redondezas que rosna muito, o barulho é ensurdecedor, de assustar qualquer um, eu só vejo a sua sombra. As vezes sinto respingos finos no meu ombro mas quando olho para o lado vejo que são apenas as minhas lágrimas batendo no móvel quebrado e salpicando tudo ao seu alcance.
Sou lagarta tentando ser borboleta... É que nunca consigo sair do casulo da saudade, e quando consigo morro logo no primeiro voo, minhas cores estão fracas, e minhas asas não batem como deve ser, meu brilho não ofusca e não deixo nenhum rastro, deve ser porque o meu casulo está jogado no chão, perdido em baixo de algum tronco velho e úmido. Não escuto o som da natureza e se eu gritar meu eco some em meio aquelas cataratas de tristeza que ficam logo ali mais a frente.
Sou verso, tentando ser poesia... É que as coisas bonitas que as vezes sinto nunca são suficientes para formar tal poesia desejada, e quando as teclas começam a sumir em meus dedos formulam apenas versos de arrependimento, somando com outros de melancolia, enchendo a tela de segredos guardados no fundo da alma. Porque poesia havia quando seus olhos eram como um zoom atentos a todos os meus movimentos, mesmo quando esses eram com a minha mão no seu peito te empurrando para qualquer lugar.
Sou 100, tentando ser 1000... É que venho tentando ser melhor a cada dia, para suprir tudo o que nunca consegui ser naquela época em que você tentava fazer com que eu fosse mais do que badulaques de pescoço. Mas que tola eu sou, é que eu não consigo aceitar que o tempo passou e não adianta mais tentar ser aquele objeto de decoração caro e bonito que você almejava tanto, mas que de certo depois você colocaria na sua estante, em meio aos livros antigos. O máximo que sempre consegui ser foi um cinzeiro e nem era daqueles que ficam na mesa de centro, mas daqueles que ficam na mesinha de canto, tentando ser visto algum dia, por olhos que só enchergavam o que queriam ver.
Sou assim, meio tudo e meio nada, meio inferno e meio céu, meio terra e meio água, meio lua e meio sol, meio sorriso e meio lágrimas. E nessa gama de ser... Em apenas um aspecto sou inteira, é quando se trata de você!


"No palco, na praça, no circo, num banco de jardim,
correndo no escuro, pichado no muro...
Você vai saber de mim."

Chico Buarque

terça-feira, 14 de junho de 2011

sonhar ainda é permitido...

Ah que saudade disso aqui, é que ando muito atarefada sabe, essa vida de ser esposa, mãe, chefe, filha, tudo ao mesmo tempo, não é fácil não... Toma todo o tempo da gente e por isso estive ausente, mas agora consegui dar uma escapadinha para vir aqui no meu querido lar, é que eu me lembrei e ri atééé... De algumas coisas e vim compartilhar claro.

Ontem fomos ao coquetel de inauguração da unidade 5 na Asa Sul, que por sinal foi maravilhoso, e na volta viemos conversando eu e o Sr. do psicológico ultra superior e avançado. É, ele continua o mesmo, mas agora é um amor de pessoa sabe, super carinhoso. O Artur veio dormindo no banco de trás, também do tanto que correu, não podia ser de outra forma, ah é por falar nele, 2 aninhos completos na semana passada, com direito a festa e tudo mais, apareceram umas pessoas incovenientes, mas não vamos falar nisso agora. Continuando... Vinhamos conversando sobre o nosso passado contubardo, relembrando um pouco e sorrindo, daí eu deitei a cabeça no banco e olhando para um céu estrelado me recordei de todo aquele dia tenso que vivi a anos atrás, graças a Deus passou e nossa hoje já estou com 29 anos, como passou rápido. A estrela ao lado dirigia e me ouvia silenciosamente, eu comecei...

Como de costume naquele dia acordei pela manhã já com você no pensamento, eu não ia trabalhar, levantei tomei um banho e fui ao salão fazer as unhas, francesinha como era de costume, agora gosto mais do vinho e do vermelho, voltei para casa, fiz um belo almoço e com você ainda no pensamento, lá pelas 16 00 me bateu uma vontade de te ver sabe, e resolvi que aquele era o dia de me vestir e pintar o rosto para a guerra, me calcei, me penteei, me perfumei, e idéias e mais idéias do que te falar vinham a minha cabeça, era um misto de realidade com deslumbramento, eu realmente tinha tomado coragem, enfim peguei a bolsa a chave do carro e sai, direto a boca do leão, o percurso até chegar ao meu destino parecia interminável, quando cheguei, aquele prédio parecia um forte, com gigantescos muros em volta e vários soldados para impedir a minha entrada, as minhas pernas tremiam, as minhas mãos suavam, o meu coração batia tão forte chegando a quase parar de bater, e eu repeti a seguinte frase por 3 vezes: Senhor me guie e esteja a minha frente, me dê sabedoria e que daqui para frente, seja feita somente a tua vontade, amém. Desci do carro como se estivesse sendo levada à pena de morte, mas respirei fundo e subi aquelas escadas com um medo absurdo, comprimentei a todos, conversei, sorri, matei saudades e depois fui até você, na sua sala que era até arrumadinha, sentei e conversamos, você sorria, conversava no msn e postava tolisses no ainda muito usado facebook, jogava coisas na minha cara e sorria novamente e eu ficava ali te admirando. Até que você esqueceu um pouco as teclas e me olhou, eu te olhei profundamente e ficamos calados por alguns segundos, eu muito anciosa e nervosa disse: bom então já vou indo, e você disse: "vai não" eu sentei novamente e disse: "mas você está trabalhando, não quero atrapalhar" e você disse que se estivesse mesmo ocupado, não pediria para que eu ficasse. O telefone tocou e depois de vários toques você atendeu e disse: "peça para ela vir ás 20 00 em ponto e me procurar", eu me sentia como se estivesse caindo em um abismo de desespero, e disse: bom então e como você está? e a resposta nem preciso dizer qual foi, só sei que de repente em um surto repentino eu perguntei se você achava que algum dia poderia me perdoar, e você disse que não e que seria impossivel, eu respondi que tudo bem, mas que queria que você soubesse que eu estava ali pronta para recebê-lo, e que não importava se isso fosse demorar 10 ou 20 anos, mas eu continuaria cultivando aquela esperança, (e a respeito disso eu me tratava como uma déspota, eu era obediente a mim mesma), você deu uma risadinha, mas eu continuei a dizer para que me perdoasse e que eu esperava que um dia você deixasse aquele orgulho de lado, você se recostou na cadeira, cruzou os braços e eu já era mestre em ler os seus gestos, então me levantei fui até você, pedi um papel e uma caneta, e disse: eu jamais pensei que fosse te mostrar isso um dia mas anotarei aqui o endereço da minha segunda casa, se quiser me conhecer melhor novamente e saber como foram todos os meus dias longe de você, vá me visitar, lhe entreguei o papel e você disse: colombinaaa.blogspot.com o que é isso? eu respondi para que depois quando estivesse tranquilo e sem ninguém por perto você entrasse e lesse com atenção, e pedi para que enchergasse não com os olhos da face, mas com os do coração. Te abracei, dei um cheiro no pescoço e disse: espero que você entenda cada palavra, porque cada uma delas é sobre ti, você pode até achar meio estúpido, mas leia com carinho. você me olhou com uma cara, querendo dizer que não estava compreendendo nada, mas eu sabia que quando entrasse no meu mundo escondido saberia do que eu estava falando. Então me despedi e fui embora, cheguei em casa aflita e não durmi aquela noite, pensamentos me visitavam, multidões de pensamentos não me deixaram dormir e eu chorei ainda de saudade, depois disso se passaram dias e meses e nesse tempo eu não havia mais te visto, nem te ouvido, e aquela altura eu já não procurava saber nada sobre o que estava acontecendo na sua vida, fiquei quieta no meu canto.

E em um domingo quente, com sol, domingo que para mim era de filme em casa, alguém buzinava lá fora, quando saí, avistei um carro grande, a janela do carro foi abrindo e quando vi que era você eu não acreditei, peguei as chaves e abri o portão, então você tirou os óculos escuros e disse: "sua mãe e seu pai estão em casa?" ah não estão? vamos ali lanchar então?" entrei no carro e não sabia como me comportar, não sabia o que dizer, nem de como me sentar, não sabia nada meu Deus, aquilo era tudo o que eu queria, eu não acreditava, estava quase tendo um surto de felicidade só por ter te visto ali na minha rua novamente e ainda por cima no meu portão, e a partir daí tudo foi diferente e aos poucos tudo foi voltando para o lugar certo de onde nunca deveria ter saido...

Amoor, amor? chega de lembrar disso, você está parecendo uma narradora de filmes...

Eu sei, mas lembrar é engraçado não é? como eramos imaturos...

É amor, é verdade, agora olha o Artur quase acordando, vai começar uma choradeira...

Calma filho estamos chegando em casa...

Noite maravilhosa, dormimos como anjos... E quem diria, casamos, temos uma casa, tomamos café de manhã, discordarmos quanto a cor das cortinas, arrumamos a cama diariamente, a geladeira está repleta de vegetais e sucos, adiamos sempre o despertador umas trinta vezes, sentamos no sofá eu de pijama e pantufas, ele de cueca boxer branca, saimos para jantar em dia de chuva, nos beijamos no meio de alguma frase, ele pega no sono com a mão no meu cabelo e eu, escuto sua respiração. Eu sorrio sem motivo e ele sempre pergunta porque, eu não respondo, ele já sabe.


Hoje é sabado, o Artur acordou mais cedo do que de costume, e o meu Sr. do psicológico ultra superior e avançado me deu um beijo de bom dia e agora está ali na sala de TV, assistindo qualquer coisa... Tipico dele né!

Agora a pouco a minha sogra chegou, o Artur é louco por ela, e ela nem preciso dizer que é a avô mais coruja do mundo. Ela perguntou o que ele queria ser quando crescer, ele respondeu: "gande igual papai"


"Sinto a sua falta como se me faltasse um dente na frente: Excrucitante."

Clarice Lispector

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eu sempre escrevia nos cadernos: Amor verdadeiro, amor eterno!

Estou precisando tirar férias de mim, férias dos amigos, férias do trabalho, férias dos pensamentos, dos sentimentos, férias, férias disso aqui também, estou precisando tirar férias, férias da cadeira que roda, do computador colorido, do telefone que toca, do celular que vibra, das noticias ruins, dos homens romances que tentam me conquistar, do barulho dessas teclas, da minha caneta, até da minha familia, dos sonhos, dos presságios, das lágrimas, das lembranças, das músicas, do trânsito, daquela ausência que tanto machuca, férias, férias, férias das visitas mal vindas, das vozes cansativas, dos problemas alheios, da forma de pensar das pessoas que acham que sabem o que é melhor para mim. Porque droga vocês não sabem. Preciso de férias, férias do tédio, férias do tempo corrido, férias das mesmas perguntas, das mesma respostas, das minhas fotos, das suas fotos com gente superficial, das senhas, das visões de futilidade, dos convites de festas, férias meu Deus, preciso de férias, férias de tudo, férias do mundo... Ir para bem longe aonde nada e ninguém me alcance, aonde eu possa ser livre, aonde eu tenha fé no que não vejo, um lugar que seja permitido gritar, pular, viver da minha forma, passar o dia do meu jeito, seja ele triste ou alegre e sem ninguém, perguntar o motivo, sem a ironia das pessoas, sem os cinismos, sem as palavras artificiais, um lugar que seja meu, um lugar aonde eu seja aceita como sou, e seja bem recebida mesmo com todos os meus erros do passado, mesmo com todas os meus arranhões, um lugar com brisa fresca, e agua corrente, um lugar com nuvens realmente brancas, um lugar bonito, um paraiso... Eu queria poder ver através do tempo, e saber como estarei daqui a 5 ou 10 anos, sabe, eu queria poder também voltar no tempo e fazer tudo aquilo sumir, eu quero, eu quero esquecer, eu quero poder ver o que há de bom em tudo isso, eu quero enchergar melhor, eu quero o cheiro, o abraço, eu quero um mundo novo, eu quero uma vida nova, me mostre esse lugar, me apresente o invisivel, me tenha, me queira, me ame, me leia... Me leve a este paraiso indispensável, quebre esta parede, jogue tudo fora, e venha tirar férias comigo, do orgulho, das palavras ardilosas, dos pensamentos negativos, do passado dolorido, das pessoas influênciadoras, tente fazer tudo diferente, pegue a minha mão e venha comigo, podemos criar um vale de flores, e uma era paralela, onde você tenha coragem de tomar uma posição e dizer: Eu perdoo e ficarei contigo. Me carregue nos braços, porque me sinto fraca e sem vida, estanque o meu sangue, cure as minhas feridas, volte todo o percurso e recomece a contar o tempo do zero. Porque eu estou cansada dessa vida do lado de cá, acabei ficando dura de coração, sou de touro, um signo bastante dificil de lidar, bom todos acham. Eu me distraio com tudo, e você não sabe a facilidade que eu tenho de viajar sem nem sair do lugar, nem tudo o que eu conquistei ficou comigo, algumas atitudes que eu tomei me amarraram os pés no chão, fazendo com que eu me agarrasse a nada sem conseguir me soltar. Se tive paixõezinhas? Não, não, essas são para adolescentes, não combinam mais comigo, tem alguns que tentam me conquistar sabe e quando vejo que posso cair e sofrer, logo começo a pensar melhor, quando conheço alguém que talvez seja o ganhador da minha pena, ai já começo a racionalizar tudo sabe, tenho medo e começo a me perguntar coisas como: porque daria certo? Para que tentar? Se estou bem assim. E realmente funciona, sai rapidamente do meu cesto de dúvidas, ah é tudo mais fácil dessa forma, é que eu as vezes machuco as pessoas, você não faz idéia, mais é verdade seu moço, eu faço com que se apaixonem por mim como um desafio, testo limites, ai logo, enjoo e fujo sem explicações, e o mais engraçado é que consigo fazer isso sem ao menos me entregar, sem ao menos dar um beijo sequer, arraso corações, na esperança de encontrar alguém legal, alguém que me faça esquecer você Sr. do psicológico ultra superior e avançado, mas eu sempre aviso antes, que ainda dá tempo de fugir e fingir que não me viu, eu sei que consigo ser cativante, mas estou mentindo e enganando, pelo menos eu aviso para que controlem o coração e não se prendam a mim, digo para que fujam e não se aproximem, para que corram e não me escolham como a eleita dos seus dias, digo para que prefiram uma dessas garotas com perfil de orkut copiado e colado, que gostam de fotos com caras e bocas, que são faceis de contornar e que querem se perder em namoros. Essa meninas que sofrem e choram, mas que transparecem isso ao mundo inteiro, eu digo para que escolham uma que seja submissa, uma que consiga se apaixonar, amar e se apegar. Porque eu não sou assim, eu sou fria e sem coração e quando digo que não sou assim, estou mentindo e apenas fazendo tipo, eu aprendi com você e jogo com as palavras mesmo e não me arrependo de fazer isso, eu magoo e machuco, mas não é por maldade, é porque acabo achando a brincadeira legal e gosto de sorrir disso, eu sei que está meio errado, mas aviso antes, sempre digo para que procurem a saída mais próxima e conheçam um ser humano de verdade, comum, sólido, existente e que tenha palavras e promessas de carinho, porque eu só tenho agonia de toque e não tenho capacidade de jurar amor eterno, porque o meu coração é ocupado por uma esperança que não morre nunca, esperança de um dia conseguir tirar essas férias, e de você vir tira-las comigo. Porque com você, não consigo fazer tipo, não consigo ser fria e nem ruim, você é meu ponto fraco, meu ponto fixo e meu único ponto, quero que seja o meu ponto final.


"Mas de que adianta sair para festas e voltar para casa sempre com o coração vazio."

Caio F Abreu

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Coisas que você nunca vai saber!

"Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...
Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos...
Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...
Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua...
Eu vou publicar os seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria..."

Eu canto... E ouço sempre essa música... É que ficaram no esquecimento, as cartas de amor que hoje repousam em sua gaveta solitária ou foram parar em algum lixo fedorento, e as que não foram nem escritas pelo medo da sua resposta, ou de não receber resposta nenhuma. As rasgadas, que se assim estiverem continuam vivas, porque você sabe que elas existiram e você também sabe das palavras contidas nelas, as mal dobradas, as manchadas de lagrimas ou caneta ruim. Todos os sentimentos expressados e horriveis que só são horrivéis pela verdade contida neles, pela vontade de dizer tantas coisas sem motivo e dize-las mais de mil vezes. As poucas fotos que talvez tenham sido mesmo jogadas fora por mãos sujas merecedoras de um massacre sangrento. Todas as ressacas ridiculas das noites vazias, que poderiam ter sido facilmente evitadas, que acabaram sendo preenchidas de música e qualquer coisa. Os risos forçados em público que hora ou outra geram amargas lágrimas no travesseiro, os passos vazios que acumulam uma tristeza ainda maior. Os finais de semana que doem e roem todas as minhas juntas. As mentiras que conto para que eu mesma acredite nelas e que as vezes elas preenchem o que devia ser ocupado por você. A melancolia que cresce e a magoa por coisas pequenas e tolas mas que são capazes de provocar estalos de ódio. Talvez seja por isso e também por mais algumas coisas que não tenho nada aqui dentro. Porque todo o perdão, todo o seu amor, todas as chances só existe para os outros, para os não covardes, para os inocentes, para os que se deixam levar pela vida e pelas pessoas e são felizes desse jeito, para os não fugitivos, para os livres de alma, para os sem sentença, para os merecedores. Não para mim. Que sou artista, fui traidora, sou intensidade. Não para mim. Que fui tão e somente uma menininha egoista e estúpida o bastante para cometer um erro imperdoável. Não consigo aceitar que fiz isso. Não me conformo. E não consigo viver de jogos porque isso rebaixa o amor à uma adrenalina momentânea inpensada, porque não acho que o pressuposto dos relacionamentos é sofrer. Eu não sou assim. Não quero ser assim. Posso até gostar da solidão, mas não gosto de sofrer. Sabe, eu tenho tentado, inutilmente, ser melhor. Tenho travado diariamente lutas violentissimas contra mim mesma. Porque me perdi no meio do caminho e não posso ter o que eu tinha e não posso voltar ao que era, tampouco posso parar de seguir em frente. Não é possivel meu Deus, deve haver uma maneira de evoluir sem perder o direito de sentir e de ser feliz. De crescer sem perder a esperança nas pessoas. Mas é que aprender isso sozinha é tão triste e doloroso: torna todo o processo quase impossivel. Todos os dias ouço todas as palavras certas das pessoa erradas e estou sempre cercada de todas as pessoas erradas que insistem em tentar me fazer feliz quando são incapazes por natureza, inutéis pessoinhas. Perdoem-me a indelicadeza, e a minha maneira bronca. Mas é que me falta a consciência de amar. Me sobra o medo de ser mal entendida. Ainda tenho limitações bobas que não se explicam com definições certas, palavras para explicar não existem. Tenho guardado um dicionário inteiro de termos ainda não conhecidos para falar sobre mim. Não sei o que, não sei o motivo, não sei como. Não sei se quero, ou quando quero. Não explico, nem me importo. Apenas sou. E me tornei assim. Ai essas pessoas enjoativas me perguntam se eu não tenho coração. Eu tenho. Tenho um coração vazio de ódio ou amor. Se você não consegue ouvi-lo é porque não faz ele bater. É que fui provocada, ofendida, brigaram comigo, e me deixaram presa no comum. Permiti que o tédio silenciasse o meu coração, então parem de bater na porta, ela está aberta apenas para o sem volta daquele homem.


"Sinto uma falta absurda de você. Ficou um vazio que ninguém preenche. E penso e repenso e trepenso em você... "


Caio F. Abreu

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não adianta, sem você a coisa é feia, realmente feia...

Estou a espera. É só chamar. Estou sem armas e descalça. Mas vou até a sala abrir a porta para você de novo. Entra, pode entrar. Pendure aqui a sua bandeira. Mas primeiro me deixe ver a cor que ela tem. Se for branca será ótimo. Não te assustes, quero mesmo que seja você e não outro. Senta aí no sofá, coloca tua máscara ali no canto. E me conta como estão sendo os seus dias. Me diz quantas serpentes você enleou nessa tua lança afiada. Ah por favor não repare os meus cd's espalhados pelo chão. Eu não tenho mesmo culpa desses mpb's que me caem sobre os ouvidos, é que eles combinam com o meu estado de viver. Eles estão aí simplesmente para me fazer companhia. É que eles sempre se mostram tão meus. Calma, não precisa franzir as sobrancelhas desse modo, nem fazer gestos escassos e nem ranger a voz com acusações inúteis. Você pode ficar aí sonhando acordado, como se o tempo estivesse a seu favor sempre. Mas experimente primeiro o meu vinho da compreensão com moderação. Não me julgue. Seja bom para mim. Quero tanto que fique. Quero tanto que me ajude a tirar essas teias que me impedem de sorrir. Espero te falar tudo isso. Mas penso que talvez esse dia ai nunca chegue, é que o silêncio e a distância nos une de um jeito que as palavras não conseguem. Mas sinto tanto a sua falta, é que alguns de nós vem de modelo simples, outros com brilho, mas de vez em quando aparece alguém assim como você irisdescente e quando aparece não há nada que se compare. Me recordei de um momento, era um sabado de manhã na sua casa, só havia nós dois, dentre aquelas paredes brancas, todos viajando e aquele quarto iluminado pela luz da manhã doce, aquele quarto de cortina azul claro, lá pelas 9 da manhã, os cachorros chamando a porta, aquela luz iluminava o seu rosto, uma leve brisa entrava pela janela, me fazendo arrepiar, você disse que me amava, e se quer saber não importa se eu ainda tiver 10 mil momentos como aquele, ou se foi só aquele, não importa porque seriam iguais e pelo menos naquele momento eu tive aquilo, eu tive nós, você... As vezes o que a gente mais quer não acontece e algumas vezes o que não esperamos cai no nosso colo. A vida é engraçada, conhecemos milhares de pessoas e nenhuma delas nos toca realmente e então conhecemos uma pessoa e a nossa vida muda para sempre. Você tocou o meu coração e me conquistou de uma tal forma que não consigo viver um dia sequer sem pensar em você, não consigo ter um pensamento sequer que não seja sobre você, não consigo fazer uma refeição sequer sem querer tê-lo ao meu lado e não consigo acordar uma manhã de sabado sequer sem desejar que você estivesse ali me esquentando, dizendo que me ama e me dando bom dia!


"Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê".

Caio F. Abreu

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Você não sabe e nem sonha, mas você zera a minha vida!

Se você parar de gritar tão alto escutará que chamo. Ouvirá uma inconfundível voz autoritária falar. E será como uma inesperada agulhada de luz a espetar as suas espessas camadas de futilidades. É certo que a sua pobreza de tato poderá vencê-las, mas digo que de hoje em diante, o sol começará a espalhar a sua claridade sobre a minha cabeça. Você parou em mim com o mesmo olhar com o qual tinha me mandado embora naquele dia cinza, em que eu tentava limpar as manchas de sangue que, por um falso passo, teimaram em permanecer sob o tecido da minha roupa e nunca mais saíram. Isso foi naquele dia que era para ser de cinema, naquele dia que era para ser de reconciliação, naquele dia eu rasgaria tudo a minha frente, mas você me impediu, e me deixou no tempo, pedindo para que eu fosse embora para nunca mais voltar, e realmente eu fui. Então desse lado de cá, ficou apenas um barulho de gritos, rangeres de dentes e as  contorções de um corpo frágil atrás das janelas do carro, num brinde agonizante que só fazem as almas que se sentem estilhaçadas. Naquela hora então não pensei em mais nada, a única coisa que me parecia adequada era te deixar para trás, fantasiei que se eu parasse de procurar a luz dentro daquele labirinto, te encontraria muito mais fácil fora dele, eu queria mesmo era sair da minha exuberante fossa de mágica sobre a qual se erguiam muros em volta, quem sabe eu não encontraria seu reflexo escavando corações e fazendo buracos onde não devia. Tive a impressão que mesmo se eu gritasse seu nome de onde quer que estivesse, o eco da minha voz não voltaria, você não me escutaria. Então peguei as chaves do meu reluzente quadrado gol e deixei para trás a confusão ruidosa da sua casa. Passaram-se muitas horas até que eu conseguisse chegar a minha garagem, onde me refugiei por uns vinte minutos, mesmo assim não entrei sã em casa. Cheguei completamente desnorteada porque eu sabia que daquele dia para frente eu não moveria mas uma palha sequer, a luz do meu quarto não estava apagada, aquele foi o sinal a indicar-me que minha chegada já era esperada, pela minha mãe. Parei diante dela e a abraçei, eu chorava feito criança, era uma dor inexplicável, eu sentia que podia morrer naquele momento em seus braços aconchegantes. E ela apenas me abraçou, contemplando-me longamente em silêncio. O meu reflexo me entregava me mostrando um corpo maltrapilho e abandonado, como se a alma que habitasse aqui dentro tivesse sumido. Deitei na cama lentamente pensando escutar sua voz vibrar no vazio. O eco dela parecia desenhar sorrisos mortais em forma de espiral convidando-me a fazer a passagem de acesso à infelicidade. Como eu havia suspeitado estavamos no fim, no último adeus. Então eu já estava sozinha naquele quarto escuro e sem vida, deitada ainda de salto, suando como se tivesse trabalhado até não poder mais e chorando como se alguém tivesse morrido e realmente tinha mesmo, tentei ligar, mas desisti, meus dedos fizeram menção de acionar as pesadas teclas novamente, mas hesitei como se temesse não encontrar ninguém me esperando do outro lado da linha, e realmente não havia mais ninguém, Dei passos para lá e para cá, desconcertada. Eu não podia fazer mais nada, e tudo por um acesso de raiva impensado da minha parte, que eu tivera na semana anterior, e você não entendeu que não era nada demais, era só para fazer ciúmes, mas eu acho que exagerei. E você insistiu com mensagens, bem mais de duas ou três e ligações também até ouvir o rangido da minha porta e constatar que ela estava se fechando, eu realmente deixei vir á tona naquela época toda a mágoa de longos quase 6 anos. Então parei diante de mim e fiquei me olhando me sentindo um espantalho. Tentei reunir coragem para ligar e lhe dizer qualquer coisa, mas a saliva havia secado e os pensamentos foram incapazes de formular um único parágrafo. Percebi que eu não tinha forças para mais nada apenas para lágrimas. Como se a cura viesse por aquelas pérolas escorregadias que me entrecortavam as retinas, ajoelhei abraçada ao meu urso até implodir aquele silêncio maldito, e me esqueci do tempo, as feridas se abriram mais e chorei a noite toda. Fiquei abraçada ao meu urso até a luz do dia metralhar a minha janela e formar vários pontos de claridade na minha cortina. Senti na alma o verdadeiro começo de dias interminavéis de lágrimas. Deixei a luz morna do amanhecer me emprestar sua luminosidade, até que a temperatura subisse e devolvesse a minha sobriedade. Nesta manhã, minha alma amanheceu sem vida, mas eu me prontifiquei a pelo menos fingir que estava bem, depois as nauseas passaram. E, brinquei de balanço, me entreguei ao brilho daquele céu azul, desses que só existem quando estamos sonhando, sobretudo, se acordados. Voa...Voa...Voa... Soprava o vento enlouquecendo os meus cabelos, como se quisesse me conceder num embalo a passagem para outra vida, perdi-me naquelas alturas. Quando quis descer, do nada, alguém empurrou o balanço ainda mais alto como se quisesse ouvir minhas gargalhadas. Compreendi que os paraísos perdidos estão gravados na mente dos que sonham o voo e acreditam que a luz possa ser alcançada até num sorriso. Depois disso, conheci um céu novo e me arrependi dele depois, mas aprendi, desde então tenho noites em que as vistas ficam meio molhadas sob o pára-brisa das pálpebras e nenhum limpador parece capaz de desembaçá-las. Sempre que escrevo um texto e coloco meus sentimentos, sinto que me livro um pouquinho dessa coisa ruim. Aqui faço o que bem entendo. Retiro a minha mascara, desamasso as bordas e reciclo os pensamentos. E escrevo sobre como aprendi com você que ser gelo é bem eficaz. Não esqueço os seus bordões, não esqueço-me de nada e por isso de vez em quando as lágrimas aperecem sem serem chamadas, é inevitável, demoram a vir, mas quando vem, parecem não querer ir embora, foi assim na noite de sexta-feira, uma invasão dessa minha solidez, não me contive. Deixei que a sua falta escoasse. Deixei que ela lavasse a mim junto a saudade. Deixei que me levasse, e aquela luz intensa que meu sol interior emanava, ela cobriu de poeira, levantei os olhos para o céu e me perguntei porque eu havia me lembrado de tudo isso? E o que vi ao abaixá-los, foi a resposta: é porque ainda não se fechou aquela ferida negra e sem fundo, e o que vi também, meu Deus, foi minha vida completamente parada por causa da sua, e cheguei a conclusão que tenho que parar com isso, preciso viver!


"...Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso vou deixar de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você."

Tati Bernardi


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sempre me perco de mim mesma!

Hoje quase não consegui ver o desenho das nuvens. Devo estar doente dos olhos. É que a única coisa que penso em fazer é orar. As lágrimas caem e encharcam a minha escória alma.Vejo os raios de sol serem subjugados pela imensa saudade que me cerca. É que amarraram um peso na minha canela para que eu afundasse neste naufrágio. Levaram embora as minhas certezas de ontem e me deixaram sem nada. Não tem jeito. Ando tomando livros como analgésicos para ver se me alivio dessas dores. Tenho medo de que isso não acabe nunca. Porque sabe, as vezes parece que ando em circulos. Espero que o fim seja bonito e que não demore, pois estou cansada de usar mascaras com sorrisos. Tomo banho de brilho todas as manhãs, mas esse não chega a limpar por dentro, mas pelo menos me deixa colorida e brilhante por fora. Logo cedo me preparei para escalar essa montanha para tentar chegar ao tão desejado céu ao fim do dia e realizar o meu vôo batendo asas e derramando amor e esquecimento. Tentando pousar sobre você. A última produção não foi boa. Não faz mal. produzirei tudo de novo. E dessa vez chegarei ao produto final perfeito. (só não sei quando) Estou estocando tranquilidade para os dias agoniantes. É que as vezes perco um tantão de paz. Mas um dia ainda pinto o rosto como se fosse para a guerra. E vou lá. Enfrentar o grande Sr. do psicológico ultra superior e avançado que costuma usar as suas palavras mais ardilosas para conseguir ao máximo possivel estilhaçar o meu coração, mas mesmo assim um dia crio coragem e vou com o que tenho de mais bonito: a humildade. E quando esse dia chegar, antes de sair de casa, vou fazer um pedido especial: Não chegar lá descalça, e nem sem munições, porque de sapatos não pisarei em seu chão cortante, e com munições acertarei direto ao alvo. Logo depois pedirei a ti que não me agrida mais com a tua ausência. Mas sei que você sempre ganha de alguma forma, mesmo sendo só na altura. Eu quero mesmo é olhar bem nos teus olhos, e chegar até o fundo deles no escuro de dentro até o colorido perdido. Acordando, assim, todo o seu interior de homem orgulhoso. Que, com lembranças manchadas, impede a minha felicidade de vir a tona numa forma de vingança. Só que ao invés de usar logo uma espada, você me fere aos poucos, torturando-me como se o meu crime fosse inafiançavel., tu sabes bem que a fiança foi já foi paga devidamente. Aceite. É que acredito em milagres. E espero que você moço se banhe por dentro e que desses lábios não saía nenhuma tolisse. Que saia apenas muitas bolhas de amor e beijos com afeto. Porque se tentar o contrário irei despir as tuas palavras para ver a verdadeira cor, por mais que elas ainda estejão sangrando. Estarão dizendo só as sandices de um orgulho maltrapilho preso ai dentro de ti. Espero conseguir chegar até o ponto exato e causar um padecimento de memórias já cansadas. E saiba que tentarei da mais perversa forma se tentares me impedir, dando-te carinho e afeto. Contudo, vigio o meu coração magoado por ti. Para não encardir o processo. E o prendo com tanta força, para que não vaze dele quase nada. Nem sequer um "e você o que fez comigo, não se esqueça". Mas isso passa logo que percebo aquela saudade inexata que foi fertilizada nas minhas partes mais sensiveis. Então preciso redobrar a atenção. Ainda tenho em minhas mãos a esperança, intocável, que deixei no estoque guardada há dois outonos atrás. Ela veio recorrente da minha sandice. Então sempre que quiser posso usa-la, pois tem de sobra. Subo no alto. Lá aonde sempre vou quando a alma dói. Pro alto. Fico na ponta dos pés. E levo comigo um martelo e pregos, para garantir que a minha moldura não caia ao chão. Levo também purpurina colorida, que é para aumentar o meu brilho fugaz, e tirar o mofo de moldura velha. Ando tentando achar alicerces agradáveis. Todo cuidado é pouco. E me assento em um céu cinzento. Canto para esquecer. Mas sempre ouço um ruidoso trabalho de demolição interna.

Colombina... A que está com uma saudade de matar...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aqui me esqueço do inverno e imagino que ainda é verão!

E a última palavra será minha. E toda a felicidade do mundo se fará para mim. E meus olhos profundos se encheram de lume, serão até capazes de esmagar qualquer pontinha de tristeza. Porque eu tenho muito amor no coração e um bucado de esperança no estoque, para ser usada em quantidades exageradas, quando a maldita da doença da saudade começar a dar sinal. Isso é porque confio no tempo, o curandeiro das feridas mais vastas.

Colombina... A última senha... Vou até abrir a janela do meu quarto para que a luz da lua entre e leve embora as noites frias e cheias de vazio. Ouço as Marias, Jorge, Bethânia, Ana com alegria. Nada de melancolia. Penso que o melhor é achar graça nas coisas mais simples. Andar de mãos dadas comigo mesma, correr no meio da rua, plantar batata, capinar uma roça, deitar em uma grama verde e fofinha e admirar o céu cheio de estrelas. Ajoelhar-me e agradecer a Deus por estar viva e ser eu mesma. É que me dei por mim sabe e vejo que não tenho motivos para queixas, porque tenho amigos, porque tenho pai, mãe, tenho casa e comida. E mais tenho amor de sobra também, e como. Ai resolvi que de hoje em diante, quero sorrir para sempre, mesmo que doam as juntas. E que quero amar mais também, muito mais e melhor. Que vou tentar esquecer rápido, tocar muitos corações com as mãos. Irei orar mais para pedir proteção. Pronunciar palavras boas e rima-las com qualquer coisa que não seja dor. Hoje estou desmedidamente decidida que de agora em diante, só me encherei de pensamentos positivos e pessoas verdadeiras. Para aquelas que não sabem brincar de VERDADE, usarei os meus caminhos pessoais para me desviar. Porque quero o mal fora de mim e mais paz para compensar o tempo perdido. Quero apenas as cores preenchendo as minhas paredes. E quero botar o FIM no seu devido lugar. Te procuro em cada esquina, pressinto que você está próximo, até te sinto por um breve instante, penso que teu olhar me procura do alto na multidão, percebo a tua fragrância na brisa que me acaricia a face, abraço a tua presença, escute estou te chamando por telepatia. Apareça e me dê uma história nova, é que quero que ela começe logo, se possivel agora depois desse ponto final.

Colombina... Diferente...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Como estou sempre brilhando que nem purpurina. Ninguém vai saber que ainda estou machucada por dentro!

Ontem a noite, enquanto folheava as velhas agendas guardadas com zelo no meu criado, dei de cara com muitas coisas vividas no passado, mas o que me chamou mais atenção foi um email antigo imprimido e colado com êxito naquelas folhas já meio estragadas, foi a muito tempo atrás numa ocasião onde, tudo o que continha naquele pequeno texto, ainda era o nosso principal objetivo. Várias anotações do tempo em que viver para mim era muito mais fácil, era muito mais viável do que esperar que meu corpo e espírito se acostumassem com alguma rotina cansativa, são do tempo em que ser melancolica fazia mais sentido porque o tempo não era escasso e a cabeça vivia vazia, era um tempo em que tudo me era palpável... E de alguma forma que sei exatamente porque, tudo isso me voltou, por um instante, me obrigando a relembrar de como era suave e até engraçado o modo como me tratava. E eu te maltratava, até ignorava as vezes, tentava a todo custo fingir que você não existia e você simplesmente continuava ali, observando o que eu fazia e dando um jeito de interferir e estar por perto sempre... Sua bondade me constrangia, a insistência da sua presença me incomodava. E eu não sabia o que você pensava. Não Sabia o que você queria. E nós dois sabiamos que eu era teimosa e ainda sou, mas mesmo assim você esteve ali e por um certo tempo foi tão meu amigo, eu gostava disso... O inicio de tudo é sempre perfeito, depois as coisas mudaram e a amizade virou amor trazendo junto feridas que só podiam ser abertas, nunca se fecharam. As brigas eram eminentes e ainda me recordo que no final de cada frase ou mensagem, ou nos choros dentro do carro tinha sempre um ADEUS em maiusculo, ou um adeus de choro falado... Rs... E nos sabiamos que ali ainda não era fim de tudo, mas quem diria que esse adeus tão pronunciado viria apenas com o tempo, tão despercebido, tão machucado... Arranquei a folha da velha agenda. Guardei no caderno da faculdade. Talvez eu jogue fora, não acho a lixeira. Mas um dia ainda consigo parar de escrever sobre você!
Colombina... Arrependida...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Incontornável pano negro de fundo é o que sou...

Hoje estou assim meia sem direção, não estou nem preocupada com isso, mas quando olho para os lados eu me pergunto e cadê o meu? Todo mundo tem, mas cadê o meu? Ah penso que deve de existir várias pontes para ele conseguir chegar até mim, talvez ainda esteja na primeira fase, me sinto uma princesa presa no alto de uma torre, então cadê você? Só posso ser libertada por você, não, não tenho tranças, mas tenho email e celular. As vezes acabo sendo tomada por uma tristeza imensurável, é pela sua ausência é o que ela me causou, frenéticas ondas de desespero e ardor no fundo da alma. Como posso grita-lo? Se ao menos soubesse o seu nome, talvez eu saiba, tenho mesmo é medo de pronunciar e não conseguir te acordar das profundezas, é incrivel mas, tenho uma disposição natural para escrever sobre você, é, você, o desconhecido Sr. do psicológico ultra superior e avançado, porque me persegues? Se não o conheço, apenas sei que és tu o malvado ditador do meu coração. Um Hitler dos sentimentos, poderia ser um Caio F. Abreu, com doçura nas palavras e apenas uma chance. Só sei que tenho anseios grandes o suficiente para acabar com o meu dia, perdida em pensamentos jamais imagináveis por qualquer pessoa ao meu redor, tento fingir que você não existe, mas ah isso é impossivel afinal estamos falando dos meus pensamentos e não dos seus. É, talvez eu seja mesmo uma idiota blogueira, não consigo nem me livrar de mim mesma, quanto mais de você... Meu sonho era que tú limpastes a ferida negra e sem fundo com toda calma. E que ficastes. Não sei se para sempre ou por um tempo. Mas neste momento, tua presença me bastava.
Colombina... Com saudades!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver passado!

Há tempos...
Há meses...
Há dias...
Eu venho pensando em como seria se não tivéssemos tido tantos espaços de tempo, e fico aqui me perguntando, porque as coisas são assim, sempre faltando equilíbrio? Eita vidinha complicada essa viu, ela deita e rola com a gente, é impossivel explicar essa sensação desconhecida, tenho tanto amor por ti, mas é como se ele fosse só para mim, é como se você fosse inalcansável, é como se você fosse apenas o personagem de um desenho, com brilho somente aos meus olhos porém sem vida, é como se fosse um amor de fã pelo seu ídolo sendo praticamente impossível acontecer uma história de amor, é como se você fosse uma invenção desse meu coração tão ancioso. Sei lá, é que já sofri tanto, acho que calejei, ai prefiro ficar quietinha no meu canto, porque só de pensar que você me diria coisas horrivéis ai é que me fecho mesmo e escrevo... escrevo... morro todo dia um pouquinho, peço licença para a tranquilidade e morro um pouquinho de novo. Mas você está vivo e radiante na minha cabeça, no meu coração, na minha alma, no meu espirito, na minha aura, nas minhas veias, no meu sangue, nos meus orgãos, meu pulso é contável por causa da tua existência aqui dentro, no meu corpo inteirinho você vive, mas apenas nisso, porque a algum tempinho atrás eu tomei uma decisão, nunca mais falar sobre você com ninguém e tirei totalmente o seu nome do meu extenso vocabulário, cortei as amizades mal vindas que me falavam de sua pessoa, encravando a cada informação uma faca de dois gumes no meu peito com a lentidão de efeitos especiais, fujo de tudo o que te lembra como o diabo foge da cruz, para amenizar um pouquinho essa dor que é desproporcional para o meu coração, parei de ir a lugares em que posso correr o risco de te encontrar bem ou mal acompanhado, o destino me pregou peças e as minhas escolhas me sentenciaram, estou cumprindo a minha pena, prisão perpétua. Mas porque não a cadeira elétrica, forca, afogamento, sei lá qualquer coisa seria melhor do que morrer todo dia um pouquinho. Estou vivendo assim, mas como posso fugir se você está dentro é de mim?

Colombina, a de sempre!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

São dias tristes sem você!

É, tenho mesmo um jeito de rocha as vezes. Pareço fechada, não abro muitos sorrisos, mantenho sempre firme o olhar e questiono tudo olhando nos olhos. Sei que intimido, ah me perdoe. É que a maioria dos dias me dou inteira ao silêncio, e com ele divido todas as minhas horas. Desabafo sobre o amor e derramo sorrisos, só para ele. E quem me vê assim, se esconde, teme e foge, fala baixinho, se incomoda com a minha severa seriedade e tem receio que eu lhe cause algum dano. Mas, tem dias que estou flutuando, tão leve ao ponto de me desmanchar com uma palavra doce. Dou cambalhotas por brincadeira, olhares por vezes distraídos, ai começo a falar o tempo inteiro, mais para chorar não tenho mais facilidade. Desabafo a cada passo e troco papo com a minha mente. Na realidade sou puro sentimento. Dias de tranquilidade, são dias de felicidade, dias que mostro minha melhor face. Dias de paz são dias de conhecimento, os quais uso uma máscara para esconder os meus medos escusos. Não fuja, perca o medo, segure a minha mão, me dê uma abraço e me conheça por dentro. Me deixe te conquistar, porque não sou uma rocha inquebrável, mas também não sou um cristal bem desenhado, sou apenas uma joia mal lapidada, pedra rara tentando ficar perfeita...
Perfeita para você!