Há tempos...
Há meses...
Há dias...
Eu venho pensando em como seria se não tivéssemos tido tantos espaços de tempo, e fico aqui me perguntando, porque as coisas são assim, sempre faltando equilíbrio? Eita vidinha complicada essa viu, ela deita e rola com a gente, é impossivel explicar essa sensação desconhecida, tenho tanto amor por ti, mas é como se ele fosse só para mim, é como se você fosse inalcansável, é como se você fosse apenas o personagem de um desenho, com brilho somente aos meus olhos porém sem vida, é como se fosse um amor de fã pelo seu ídolo sendo praticamente impossível acontecer uma história de amor, é como se você fosse uma invenção desse meu coração tão ancioso. Sei lá, é que já sofri tanto, acho que calejei, ai prefiro ficar quietinha no meu canto, porque só de pensar que você me diria coisas horrivéis ai é que me fecho mesmo e escrevo... escrevo... morro todo dia um pouquinho, peço licença para a tranquilidade e morro um pouquinho de novo. Mas você está vivo e radiante na minha cabeça, no meu coração, na minha alma, no meu espirito, na minha aura, nas minhas veias, no meu sangue, nos meus orgãos, meu pulso é contável por causa da tua existência aqui dentro, no meu corpo inteirinho você vive, mas apenas nisso, porque a algum tempinho atrás eu tomei uma decisão, nunca mais falar sobre você com ninguém e tirei totalmente o seu nome do meu extenso vocabulário, cortei as amizades mal vindas que me falavam de sua pessoa, encravando a cada informação uma faca de dois gumes no meu peito com a lentidão de efeitos especiais, fujo de tudo o que te lembra como o diabo foge da cruz, para amenizar um pouquinho essa dor que é desproporcional para o meu coração, parei de ir a lugares em que posso correr o risco de te encontrar bem ou mal acompanhado, o destino me pregou peças e as minhas escolhas me sentenciaram, estou cumprindo a minha pena, prisão perpétua. Mas porque não a cadeira elétrica, forca, afogamento, sei lá qualquer coisa seria melhor do que morrer todo dia um pouquinho. Estou vivendo assim, mas como posso fugir se você está dentro é de mim?
Colombina, a de sempre!
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