Paro e fico horas olhando para o nada.
E concluo que o motivo de não querer tê-lo é porque não suportaria perdê-lo.
Não olho de perto para não ter que sentir a dor de vê-lo ir ao longe.
Contento-me com o nada ao pouco.
Renegaria seu beijo se chegasse, para não dar o da despedida.
Prefiro a sua ausência, à saudade da sua presença.
Tento esquecer o seu cheiro e seu abraço para não senti-los até nos sonhos.
Prefiro mil vezes nunca mais vê-lo do que a angústia de estar ao lado sem poder tocá-lo.
Escolho o silêncio porque não ficaria satisfeita com menos que "eu te amo".
E é no silêncio que acabo por deixar os planos de lado.
Opto por encontra-lo cada vez menos para não sofrer o vazio da espera.
Não ligo, assim não arrisco ouvir a caixa postal.
Escuto uma música qualquer, só para não ouvir o timbre da sua voz que só fala aos meus ouvidos.
Neste momento fico, portanto, com o medo, e deixo a razão ditar os rumos do meu coração.
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