É, tenho mesmo um jeito de rocha as vezes. Pareço fechada, não abro muitos sorrisos, mantenho sempre firme o olhar e questiono tudo olhando nos olhos. Sei que intimido, ah me perdoe. É que a maioria dos dias me dou inteira ao silêncio, e com ele divido todas as minhas horas. Desabafo sobre o amor e derramo sorrisos, só para ele. E quem me vê assim, se esconde, teme e foge, fala baixinho, se incomoda com a minha severa seriedade e tem receio que eu lhe cause algum dano. Mas, tem dias que estou flutuando, tão leve ao ponto de me desmanchar com uma palavra doce. Dou cambalhotas por brincadeira, olhares por vezes distraídos, ai começo a falar o tempo inteiro, mais para chorar não tenho mais facilidade. Desabafo a cada passo e troco papo com a minha mente. Na realidade sou puro sentimento. Dias de tranquilidade, são dias de felicidade, dias que mostro minha melhor face. Dias de paz são dias de conhecimento, os quais uso uma máscara para esconder os meus medos escusos. Não fuja, perca o medo, segure a minha mão, me dê uma abraço e me conheça por dentro. Me deixe te conquistar, porque não sou uma rocha inquebrável, mas também não sou um cristal bem desenhado, sou apenas uma joia mal lapidada, pedra rara tentando ficar perfeita...
Perfeita para você!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Fora de alcance!
Ah como odeio esse teu silêncio... Tu bem sabes que essa ausência de qualquer ação me agonia a alma. sabes que qualquer grito ou palavras duras é preferível a mim, discursos que rasgam a alma, comentários com revolta que me façam ficar louca, ou um desses tantos outros surtos que só você sabe protagonizar. Tudo isso seria a realidade, uma coisa manipulável e muito mais inquietante do que essa tua inércia vazia e sem fim que me deixa aqui nesse buraco de medos e perguntas. Diga-me algo, reaja! Despeje em mim seus breves pensamentos e me faça ver que algo bom ou ruim existe dentro desse coração de pedra e reluz nessa face sem expressão e escura, tire esta imagem imóvel da frente. Se mecha e eu saberei se te agrada tudo isso, muito embora eu já quase saiba a verdadeira resposta. Sorria pelo menos, porque se não der nem um sorriso, saberei que estou a beira do fracasso de qualquer tentativa. Então grite, reclame, brigue comigo! Por favor, faça algo! Qualquer coisa que me dê a oportunidade de entender o que se passa; algo que definitivamente me faça entender o que tu guardas ou que planos surgem dentro de ti...
Faça do seu orgulho o asfalto e passe por cima dele com um trator... É a alma cansada que pede!
Faça do seu orgulho o asfalto e passe por cima dele com um trator... É a alma cansada que pede!
Todo o tempo te espero...
Chega a ser ensurdecedor o barulho que lá fora faz, mas quando pego minha caneta virtual, isso tudo silencia. Não imaginava que essa brisa iria ficar sempre indo e voltando para me acariciar o rosto, como se quisesse me deixar sempre desnorteada, insegura e sem chão. É um caos inevitável, tento criar a minha volta uma espécie de escudo, mas sempre sou derrotada num sopro. Chega a ser hilário, porque nunca estou preparada, sempre desprevenida, tão frágil quanto vidro, sempre me despedaço, me sinto como carmesim, nunca encontro uma partezinha sequer branca como a neve. Tudo o que sei fazer é me curvar diante das peripécias dos meus pensamentos, mas ainda sei disfarçar... Nem ai? Eu tento, quase nunca consigo... É um turbilhão de agoniantes sensações, entro em desespero sempre, isso que não me deixa, quisera eu ser tão e somente apenas uma personagem de um filmezinho qualquer para seguir sempre um script e não viver tentando adivinhar o que vai acontecer, é tudo tão imprevisível.
Vejo você ali sentado em um trono real enquanto todos fazem fila para te entregar valiosas especiarias e outros fazendo espetáculos mirabolantes para te fazer passar o tempo, o rei e seus súditos, queria ver se esse tão aclamado rei perdesse a sua coroa, o que aconteceria? Me chega a embrulhar o estômago, ver muito de tudo. Você agora é um desconhecido, daquele tipo de pessoa que a gente sempre ouve falar mais nunca sabe o que é verdade ou não, sabe? Um grande estúpido e pateta, que não enxerga um palmo a sua frente, porque anda em um deserto tão árido e debaixo de um sol tão escaldante, que consegue ver apenas miragens, você tem o meu sangue nas suas mãos, e nunca vai conseguir se limpar dele, será sempre acusado e procurado, um dia confessará esse crime cruel, ou não, você não tem mesmo consciência ou coração. Talvez o seu crime perfeito nunca seja descoberto e você seja livre de tais acusações, mas dentro de você, dentro de sua alma, nunca será livre.
Você se deleita em fragmentos de uma vida fútil, como isso pode ter graça? Não consigo travar uma guerra, porque não tenho armas como as suas. Por vezes tento te odiar, mas sei que as nossas mágoas mútuas nunca nos levarão a lugar nenhum.
Colombina... Distante...
Vejo você ali sentado em um trono real enquanto todos fazem fila para te entregar valiosas especiarias e outros fazendo espetáculos mirabolantes para te fazer passar o tempo, o rei e seus súditos, queria ver se esse tão aclamado rei perdesse a sua coroa, o que aconteceria? Me chega a embrulhar o estômago, ver muito de tudo. Você agora é um desconhecido, daquele tipo de pessoa que a gente sempre ouve falar mais nunca sabe o que é verdade ou não, sabe? Um grande estúpido e pateta, que não enxerga um palmo a sua frente, porque anda em um deserto tão árido e debaixo de um sol tão escaldante, que consegue ver apenas miragens, você tem o meu sangue nas suas mãos, e nunca vai conseguir se limpar dele, será sempre acusado e procurado, um dia confessará esse crime cruel, ou não, você não tem mesmo consciência ou coração. Talvez o seu crime perfeito nunca seja descoberto e você seja livre de tais acusações, mas dentro de você, dentro de sua alma, nunca será livre.
Você se deleita em fragmentos de uma vida fútil, como isso pode ter graça? Não consigo travar uma guerra, porque não tenho armas como as suas. Por vezes tento te odiar, mas sei que as nossas mágoas mútuas nunca nos levarão a lugar nenhum.
Colombina... Distante...
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Confusão!
Eu odeio acordar cheia de questionamentos! Sei lá o que fazer de você dentro do peito.
Nesses últimos dias de chuva algo aconteceu. Serenou. E mais que isso, eu pensei: "eu quero mais". Então eu ouvi uma coisa, algo bobo e que nem lembro se li ou assisti, só sei que alguém dizia: 'você não vai ter, se não pedir". E eu discordei. Odeio a ideia de ter de pedir algo que na minha concepção de mundo não é para ser pedido. Quer dizer, acho que são várias que eu não me atreveria a pedir. Porque não é justo, porque não me parece certo, porque eu sempre achei que a pessoa só deve fazer aquilo que quer. Porque não precisaria pedir, eu não pedi. Mas eu talvez pediria, bom se fosse nesse caso.
Eu pensei que numa hora ou outra as coisas ou o meu mundo voltariam para o lugar. Meu mundo não voltou, ainda. E de algum modo eu resolvi agir. Não sei se é o jeito correto. Não são grandes planos. Não é grande coisa.
Às vezes eu gostaria de te ouvir dizer para não desistir, ou que vai dar certo, ou alguma coisa insana que eu talvez negaria e te chamaria de louco mas eu saberia que você se importa também. Não que você não se importe, eu não estou dizendo isso. É que cheguei num estágio onde nem esperança eu quero ter mais. E olhe que não é medo de doer. Nem há choro, nem agitação. Eu só quero o passo à frente. Com ou sem você, acredita?
Se pudesse escolher, te levaria comigo.
Sou propensa a não ser como todas as pessoas do mundo que conseguem acordar dispostas, bem humoradas, mal-humoradas, preguiçosas, felizes, tristes, atrasadas, despreocupadas e, dentro dessa gama de possibilidades eu ignoro tudo o que é naturalmente possível e acordo confusa, me questionando sobre uma série de coisas as quais já me fizeram perder várias madrugadas de sono, e depois da faísca de desmaio que vem durante a noite, eu me levanto cheia de perguntas.
De sorte que essas tantas indagações vão se perdendo durante o dia, não é o acaso, é de propósito. Me distraio e me torturo com as tantas outras coisas que o dia me oferece para esquecer, assim, devagarinho todo o resto de perturbação que ainda se agarra à teia da minha memória... Mas eu sou uma idiota, mais que isso, sou uma idiota com uma disposição natural para ser estúpida e basta qualquer coisa do dia para me lembrar, para se iniciar um diálogo bélico entre os anjos e demônios de minha consciência. E não me peça para identificá-los. Eu nunca sei a diferença entre eles. Eu não sei exatamente o que fazer com eles. A única coisa que minha natural habilidade para ser frouxa me permite é me enganar entre as folhas e folhas que se amontoam sobre a minha mesa e me perder em meio às dores de cabeça que isso me causa. O dia segue, preciso terminar o trabalho, preciso estudar e ainda me concentrar em mim mesma, porque a cada noite devo estar forte para engolir a seco as dores e martírios que eu mesma me proporciono.
Se eu desse conta escreveria tudo aqui, sabe? Descreveria em cada linha o sabor amargo desses pensamentos que já acordam comigo. Como se escrever fosse uma forma de encarar tudo aquilo que só sinto, mas não vejo; e por não ver penso que não entendo. Queria poder encravar em algum lugar, aquilo que não consigo alcançar, e depois de encravadas, encarar tais coisas como se encara um prato estranho e frio. Com medo, curiosidade e, em certo ponto, uma vontade sacana de devorar tudo aquilo e congratular-se pelo prazer que isso causa... No entanto o paladar da minha alma não é tão refinado; não se agrada com o que é tão exótico. Não adianta tentar! Me trato como um déspota e não me desobedeço. Engasgaria no primeiro trago, no primeiro gole, e vomitaria todo o fel que existe aqui dentro... Eu me sentiria mais doce, mas talvez o contrário aconteça e, ao cuspir todo humor amargo que guardo aqui dentro, as coisas passem a ficar sem sabor. E só por isso continuo... Porque acho mais fácil e cômodo digerir esse fel escuso do que viver sem sentir nenhum sabor! Estou cansada e desmedidamente decidida. Mas só Deus sabe como meu coração está triste.
Espero... Entrego... Talvez!
Do fundo frio do peito...
Nesses últimos dias de chuva algo aconteceu. Serenou. E mais que isso, eu pensei: "eu quero mais". Então eu ouvi uma coisa, algo bobo e que nem lembro se li ou assisti, só sei que alguém dizia: 'você não vai ter, se não pedir". E eu discordei. Odeio a ideia de ter de pedir algo que na minha concepção de mundo não é para ser pedido. Quer dizer, acho que são várias que eu não me atreveria a pedir. Porque não é justo, porque não me parece certo, porque eu sempre achei que a pessoa só deve fazer aquilo que quer. Porque não precisaria pedir, eu não pedi. Mas eu talvez pediria, bom se fosse nesse caso.
Eu pensei que numa hora ou outra as coisas ou o meu mundo voltariam para o lugar. Meu mundo não voltou, ainda. E de algum modo eu resolvi agir. Não sei se é o jeito correto. Não são grandes planos. Não é grande coisa.
Às vezes eu gostaria de te ouvir dizer para não desistir, ou que vai dar certo, ou alguma coisa insana que eu talvez negaria e te chamaria de louco mas eu saberia que você se importa também. Não que você não se importe, eu não estou dizendo isso. É que cheguei num estágio onde nem esperança eu quero ter mais. E olhe que não é medo de doer. Nem há choro, nem agitação. Eu só quero o passo à frente. Com ou sem você, acredita?
Se pudesse escolher, te levaria comigo.
Sou propensa a não ser como todas as pessoas do mundo que conseguem acordar dispostas, bem humoradas, mal-humoradas, preguiçosas, felizes, tristes, atrasadas, despreocupadas e, dentro dessa gama de possibilidades eu ignoro tudo o que é naturalmente possível e acordo confusa, me questionando sobre uma série de coisas as quais já me fizeram perder várias madrugadas de sono, e depois da faísca de desmaio que vem durante a noite, eu me levanto cheia de perguntas.
De sorte que essas tantas indagações vão se perdendo durante o dia, não é o acaso, é de propósito. Me distraio e me torturo com as tantas outras coisas que o dia me oferece para esquecer, assim, devagarinho todo o resto de perturbação que ainda se agarra à teia da minha memória... Mas eu sou uma idiota, mais que isso, sou uma idiota com uma disposição natural para ser estúpida e basta qualquer coisa do dia para me lembrar, para se iniciar um diálogo bélico entre os anjos e demônios de minha consciência. E não me peça para identificá-los. Eu nunca sei a diferença entre eles. Eu não sei exatamente o que fazer com eles. A única coisa que minha natural habilidade para ser frouxa me permite é me enganar entre as folhas e folhas que se amontoam sobre a minha mesa e me perder em meio às dores de cabeça que isso me causa. O dia segue, preciso terminar o trabalho, preciso estudar e ainda me concentrar em mim mesma, porque a cada noite devo estar forte para engolir a seco as dores e martírios que eu mesma me proporciono.
Se eu desse conta escreveria tudo aqui, sabe? Descreveria em cada linha o sabor amargo desses pensamentos que já acordam comigo. Como se escrever fosse uma forma de encarar tudo aquilo que só sinto, mas não vejo; e por não ver penso que não entendo. Queria poder encravar em algum lugar, aquilo que não consigo alcançar, e depois de encravadas, encarar tais coisas como se encara um prato estranho e frio. Com medo, curiosidade e, em certo ponto, uma vontade sacana de devorar tudo aquilo e congratular-se pelo prazer que isso causa... No entanto o paladar da minha alma não é tão refinado; não se agrada com o que é tão exótico. Não adianta tentar! Me trato como um déspota e não me desobedeço. Engasgaria no primeiro trago, no primeiro gole, e vomitaria todo o fel que existe aqui dentro... Eu me sentiria mais doce, mas talvez o contrário aconteça e, ao cuspir todo humor amargo que guardo aqui dentro, as coisas passem a ficar sem sabor. E só por isso continuo... Porque acho mais fácil e cômodo digerir esse fel escuso do que viver sem sentir nenhum sabor! Estou cansada e desmedidamente decidida. Mas só Deus sabe como meu coração está triste.
Espero... Entrego... Talvez!
Do fundo frio do peito...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Me ensina uma oração para o tempo?
Feriado de sol: Desisto. Está chegando maio. Há muito tempo não faz sol. E apesar do meu humor cheio de altos e baixos estou suportando o diabinho bom e o anjinho mal, que sempre falam aos meus ouvidos, mas até que consegui concluir a versão de um poema, já postei no Facebook. Eu quase morri na semana passada e dessa vez, não por excessos. Foi num exame no "Oftalmologista" em que a recepcionista (que pinga o colírio nos olhos da gente sabe?) me disse: É só não olhar pro colírio que não dói. Eu falei para ela: Isso vale também para pessoas? Ela sorriu, deve ter pensado que eu estava no consultório errado. Resultado, meio grau. Voltei pensando. Eu tinha esperanças que quando voltasse daquele quebra-cabeças, conseguiria finalmente montar meu castelo novamente. Mas não fui adiante. Nas pessoas, eu paro no meio. Quis tentar outra vez. Ameacei a mim mesma me internar naquele hospital para lunáticos, lembra? onde seria torturada. Então depois de muitos dias (?) Tomei uma decisão sobre o amor: Outra vez presente e futuro. Mas o que tenho aqui? "Esperanza"- nome perfeito de novela mexicana. É que hoje eu peguei o metrô e tive uma sensação de claustrofobia quando pensei no que estava fazendo com a minha vida. Eu me recusei a acreditar que ainda vivo isso, mais está perdendo a graça. Nunca teve graça. Parece que me veio um surto de realidade. A propósito: Quando mais preciso ela some de mim. Sumiu. Eu não deveria tê-la amaldiçoado. Ela bem que poderia ter me levado para casa. Eu precisava. Às vezes acho que meus pensamentos atraem desgraça. O que há detrás daquela porta? Sabe, só tem a porta. Não é porta, é parede, não tem como atravessar. Depois daquele dia eu nunca mais fui a mesma. Alguma coisa ressuscitou de um jeito que não tem volta. Fiquei como um poço seco e cheio de ranhuras. Um poço frio, porém singelo. Dali pra frente eu digo que faço qualquer coisa para me livrar dos meus pensamentos. Incluindo, ir para o trabalho sem tirar o salto, enquanto "Djavan" se acabava no meu celular.
Colombina afável...
Colombina afável...
terça-feira, 19 de abril de 2011
DIA!
O dia não tem fim. Eu sei: terça. Todo mundo ainda dormindo. Não faz mal. Atravessei a sala, vestida de preto e vermelho. Minha cabeça está tão quente que acenderia um cigarro a dois metros de distância. Liguei a TV do quarto no controle que quase não funciona mais, PILHAS. Me deu um aperto no peito o "Bom dia" do jornalista. Isso antes de mudar de canal disparadamente. Um aperto no peito, não uma coisa ruim. Mas não gostei daquele "Bom dia" jornalístico. E decidi ir até a cozinha arrastando a alma. Na geladeira: Suco de limão e leite: recordações. Legal o branco com a superfície limosa. Uma torta que eu fiz noite passada, mas ela estava mesmo bem apetitosa. É tão estranho gente. Dentro de mim fica oscilando o desejo e o desespero. Mas confesso que gosto de ficar em casa, ouvindo os sons dos ovos fritando. É eu não estou mesmo levando a dieta muito a sério. Essa não, eu os deixei grudar outra vez! (3ª). Ah que mania de ficar pensando no fogão. Seria melhor ir na padaria e acabar logo com isso. Malditos ovos. Eu sempre cumpro minhas ameaças, nunca se esqueçam! Talvez devesse ir ao supermercado e procurar por broas, no departamento de quitandas. Terça dramática, tá, tá dias piores já vivi. Estou tentando de tudo para fazer as malas que estão ali em cima do guarda-roupas. Mas eu tenho que ir trabalhar. Meu aniversário está chegando 23 e não consigo esquecer que já já estarei cantando aquele verso de tango: "treinta años no es nada" Talvez seja um pouco de exagero né? A versão original fala de 20 anos... Ah! É um verso assustador! Saí ao portão, um frio estonteante. Na casa da frente vive uma senhora que divide a casa com bugigangas. E a outra vizinha tem a chave do meu portão, dá para entender? Ela que recebe as minhas correspondências e me entrega tudo já vencido, já paguei uma mensalidade inteira da faculdade por ter passado da data de vencimento. Logo, logo vou perguntar a ela se é carteira ou algo do tipo. Esses dias ela estava dando banho na cachorra do vizinho, ela é conhecida como a "Mexeriqueira". Tá eu me aceito. Estou tentando me encorajar a abrir logo a caixinha de pensamentos de hoje. Era só o que faltava! Outra vez tentar me convencer que não tenho coração. Ah! Já até me acostumei com isso, mas é que estou com um desejo constante de isolamento. Entre ir ou não ao cinema hoje, mudo de ideia a cada 8 segundos. Mas, provavelmente vou gastar mais tempo resolvendo do que vendo o filme. Eu sei que afasto as pessoas com a mão, mas é que o ouro é muito valioso para dividir com qualquer um. Por isso já decidi é melhor que eu não vá. Respiro. Inspiro. Respiro. Inspiro. Respiro. Inspiro. De volta ao mundo real. Últimas horas de viagem emocional. Tem coisas que jamais sairão do coração. Não importa o que se faça. É que desaprendi um tanto da vida. E por acaso será que já aprendi algo? Não estou pronta para saber a verdade. Inclino-me de forma cediça. Me cumprimenta o passado. Evito encontrá-lo. Olhos no chão. Fujo pela porta de trás. Todo o resto é parede. Ele bem que podia vir me ver qualquer dia desses. Ligo ou não ligo? Não Ligo. De quem não fujo, Não corre atrás.
Colombina a que ama, a que fere, a que não esquece!
Colombina a que ama, a que fere, a que não esquece!
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Broken
Mas ela é a pessoa mais ensolarada que já conheci. E não tem nada a ver com ele. Ela não leva tudo muito na calma, e vejo que ela está com raiva, muita raiva, chateada, quebrada. Ela vai deixar essa cidade velha e suja por uns dias. Porque ela está pobre. Tem gente com frio e nariz esfregado entre as janelas, esperando que essa chuva passe. E eu sei que ela não vai parar tão cedo. Ela quer o sol. E vai atrás. Ela vai apostar uma queda de braços psicológica consigo mesma. E vai tentar deixar ele de lado. É que aqui ela se sente cercada por todos os lados. Esta cidade está em guerra, e os muros das casas estão pré-gravados de balas. O que vejo de destroços é incrível. Daria bem para montar um hospital de lunáticos, onde os pacientes assumiriam o controle e praticariam atos de tortura inconcebíveis. Sem saber se tinha melhorado ou piorado, ela colocou uma granada no canto da boca. E estava pronta para cuspi-la num monstro que diz a ela as mesmas coisas ruins sempre e sempre. Vejo os dentes e as garras afiadas. Ela sobe os degraus do tempo como uma velha de teatro, passo a passo. Mas não tão sábios. Está mais sensível que o normal. Ela está aprendendo. Ela vai comprar as luzes dos vaga-lumes para passar o fim deste ano. Ela já tem a sua própria bandeira. Agora só falta o mastro. Ela vai fabricar um. Até que ela está conseguindo fugir da sombra do grande Sr. do psicológico ultra superior e avançado que a cerca toda noite. Está cansada de buscar uma resposta não tão evasiva ao sem volta daquele homem. Ela está tentando se livrar daquela muleta emocional da qual se tornou dependente. E vai atirá-la ao campo para que seja esmagada por um rolo compressor, num cercado junto dos bois. E quer saber, se eu fosse ela faria o mesmo. Porque "aquilo" tem que viver é chutando bola mesmo.
Colombina quase desistindo...
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Refletindo
Paro e fico horas olhando para o nada.
E concluo que o motivo de não querer tê-lo é porque não suportaria perdê-lo.
Não olho de perto para não ter que sentir a dor de vê-lo ir ao longe.
Contento-me com o nada ao pouco.
Renegaria seu beijo se chegasse, para não dar o da despedida.
Prefiro a sua ausência, à saudade da sua presença.
Tento esquecer o seu cheiro e seu abraço para não senti-los até nos sonhos.
Prefiro mil vezes nunca mais vê-lo do que a angústia de estar ao lado sem poder tocá-lo.
Escolho o silêncio porque não ficaria satisfeita com menos que "eu te amo".
E é no silêncio que acabo por deixar os planos de lado.
Opto por encontra-lo cada vez menos para não sofrer o vazio da espera.
Não ligo, assim não arrisco ouvir a caixa postal.
Escuto uma música qualquer, só para não ouvir o timbre da sua voz que só fala aos meus ouvidos.
Neste momento fico, portanto, com o medo, e deixo a razão ditar os rumos do meu coração.
E concluo que o motivo de não querer tê-lo é porque não suportaria perdê-lo.
Não olho de perto para não ter que sentir a dor de vê-lo ir ao longe.
Contento-me com o nada ao pouco.
Renegaria seu beijo se chegasse, para não dar o da despedida.
Prefiro a sua ausência, à saudade da sua presença.
Tento esquecer o seu cheiro e seu abraço para não senti-los até nos sonhos.
Prefiro mil vezes nunca mais vê-lo do que a angústia de estar ao lado sem poder tocá-lo.
Escolho o silêncio porque não ficaria satisfeita com menos que "eu te amo".
E é no silêncio que acabo por deixar os planos de lado.
Opto por encontra-lo cada vez menos para não sofrer o vazio da espera.
Não ligo, assim não arrisco ouvir a caixa postal.
Escuto uma música qualquer, só para não ouvir o timbre da sua voz que só fala aos meus ouvidos.
Neste momento fico, portanto, com o medo, e deixo a razão ditar os rumos do meu coração.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Céu?
Lá vem a Colombina de novo tentando arrastar o céu com uma simples corda. A Colombina querendo voar e o céu ameaçando chuva. Escorrendo ventos de melancolia. Vê se pode? Mas ela não desiste. E exclama: Eu vou pro céu mesmo! Por bem ou por mal! E logo pela manhã antes do ensejo, colocou o seu coração no peito de novo que era para dar sorte. Se abasteceu de sonhos e retomou o caminho. Atravessou os obstáculos da manhã fria. Subiu até o alto daquela montanha, lembra? Cumprimentou o louva-a-deus. E se jogou num voo meio desajeitado de borboletas. Quando esteve mais dona de si até alcançou o tão desejado céu, aproveitou, recolheu a chuva e acendeu as estrelas.
Então, a vontade é mesmo de céu. A última tempestade encharcou a Colombina. Suas palavras ficaram molhadas. Mas ela se lembrou que mesmo mulher ainda era menina. Então desatou os nós e alinhou a estrada com brandura. E dali pra frente ela brincou de chuva. Viu que era bom se molhar, mas só de vez em quando. Então percebeu que era abril, vai que é o mês da esperança. E não descansou os olhos até achar o rastro. Depois ficou serena outra vez. Pintou um arco-íris e escorregou em suas cores. E a noitinha, uma estrelinha cadente voltou a riscar o seu céu. Aquela. A que sempre vem e vai sabe?. Caiu bem no seu colo. Ela a abraçou mais uma vez. Oh estrelinha desastrada essa. Mas é especial. Porque ela deixa a Colombina voando nas nuvens. E faz ela sonhar por dentro. Mas sempre se solta dela. Só não sei porque, se é ela quem estabiliza seus voos, e a mantém viva e colorida no imenso azul. Mas sempre, fora do alcance de suas mãos. Tem gente que diz que não se quebra promessas? Nem sempre. Essa dai sempre quebra, Principalmente as que foram feitas naquele auge de sentimentos. Mas tudo o que a Colombina sabe agora, é que seu brilho fugaz vai ficar para sempre. Porque esse céu foi inventado para durar. Por Colombina. A que pensa nele com o coração. Nele? É, a estrelinha desastrada...
Então, a vontade é mesmo de céu. A última tempestade encharcou a Colombina. Suas palavras ficaram molhadas. Mas ela se lembrou que mesmo mulher ainda era menina. Então desatou os nós e alinhou a estrada com brandura. E dali pra frente ela brincou de chuva. Viu que era bom se molhar, mas só de vez em quando. Então percebeu que era abril, vai que é o mês da esperança. E não descansou os olhos até achar o rastro. Depois ficou serena outra vez. Pintou um arco-íris e escorregou em suas cores. E a noitinha, uma estrelinha cadente voltou a riscar o seu céu. Aquela. A que sempre vem e vai sabe?. Caiu bem no seu colo. Ela a abraçou mais uma vez. Oh estrelinha desastrada essa. Mas é especial. Porque ela deixa a Colombina voando nas nuvens. E faz ela sonhar por dentro. Mas sempre se solta dela. Só não sei porque, se é ela quem estabiliza seus voos, e a mantém viva e colorida no imenso azul. Mas sempre, fora do alcance de suas mãos. Tem gente que diz que não se quebra promessas? Nem sempre. Essa dai sempre quebra, Principalmente as que foram feitas naquele auge de sentimentos. Mas tudo o que a Colombina sabe agora, é que seu brilho fugaz vai ficar para sempre. Porque esse céu foi inventado para durar. Por Colombina. A que pensa nele com o coração. Nele? É, a estrelinha desastrada...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Mesmo assim hoje eu precisava de você!
Hoje posso perceber que me sinto livre dos pensamentos fúteis, vãos e acusatórios que vinham me acompanhando, escarnecedores pensamentos que me refreavam sempre que tudo parecia estar bem.
Hoje posso sentir a paz reinando aqui dentro do meu coração, que a cada dia era perfurado por lanças em chamas.
Hoje posso sorrir e dizer o quanto é bom ser livre de espírito e alma.
Hoje posso dançar e cantar ao som alegre dos pássaros que visitam a janela do meu quarto toda manhã de domingo, sem achar aqueles cantos tristes e chorar
Hoje posso dizer: Ah que dia...
Isso é hoje... Mas sempre fui feliz!
Hoje posso sentir a paz reinando aqui dentro do meu coração, que a cada dia era perfurado por lanças em chamas.
Hoje posso sorrir e dizer o quanto é bom ser livre de espírito e alma.
Hoje posso dançar e cantar ao som alegre dos pássaros que visitam a janela do meu quarto toda manhã de domingo, sem achar aqueles cantos tristes e chorar
Hoje posso dizer: Ah que dia...
Isso é hoje... Mas sempre fui feliz!
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