terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Sobre coisas que a gente não percebe...


Eu vi uma fotos, antigas até... Em algumas estava feliz, pelo menos naquele momento. Em outras estava sorrindo, porém lembro que estava triste.

Então estive pensando nessa coisa toda de "ser feliz" e percebi que as pessoas se perdem quando pensam na felicidade como um destino, estamos sempre pensando que seremos felizes quando tivermos aquele carro ou aquele emprego ou a pessoa de nossas vidas, que vai chegar e resolver tudo.

Mas estou percebendo que a felicidade é um estado, é uma condição e não um destino. É como estar com sono ou com fome, não é permanente.

Isso vai e volta sabe e está tudo certo. Acho que se as pessoas pensassem assim encontrariam a felicidade mais vezes.

É normal ser um pouco infeliz de vez em quando ou estar triste, mesmo quando se tem ótimas coisas na vida.

Felicidade é um estado e não um destino... Ela vai, mas ela volta quando acha lugar.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Sempre Colombina?

Um dia um amigo me disse 'todo começo é sem rumo ' e agora lendo novamente o que vivi vejo quantas partes eu perdi aqui. E que bom tê las perdido porque hoje o meu meio é totalmente confiante e feliz. Ah mas que devaneio eu senti em rever o meu coração em palavras.
Ambiguidade?

Colombina 😜

sábado, 26 de maio de 2012

Sobre como era... Sobre como seria...

Se eu fosse te explicar o meu amor, talvez você pudesse compreender como ele foi intenso, talvez entendesse também, porque fiz tantas loucuras, porque perdoei e esqueci tantos erros seus. Se eu pudesse te falar, talvez entenderia, mas é complicado, porque eu não saberia por onde começar, porque nem eu mesma sei como é esse sentimento que tenho aqui dentro. Tanto tempo passou, mas agora sei que ele foi muito grande e forte, realmente incompreensivel, chegou até o meu coração e revirou tudo, mas de repente foi embora deixando apenas uma vala enorme de angustia e vazio. Quando penso em você agora, já não fico ansiosa para que você volte, já nem tenho vontade de lembrar de você. E quando me recordo, sinto apenas uma tristeza imensa por termos sido o que fomos, por termos feito o que fizemos, e por fim, por você ter se transformado nessa pessoa que é hoje, eu olho e desconheço. Mas talvez você sempre tenha sido assim e eu é que não percebia. Dizem que o amor é cego né.
Depois que fui embora do seu coração e você do meu, confesso que fiquei arrasada como sempre. Mas, pela primeira vez, não senti que era eu quem estava perdendo, mas que na verdade quem estava perdendo era você.
Afinal de contas que outra mulher te veria além do que você tem por fora? Que outra mulher te veria além da sua face? E você finge que não sabe como vale a pena amar alguém de verdade e acordar com essa pessoa, tomar café junto, almoçar, ver televisão, fazer tudo pensando um no outro.Você apenas finge que não sabe como isso é absolutamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Claro que você sabe, então porque você finge viver bem assim? Juro que as vezes eu tenho vontade de te segurar pelo braço e te levar para longe dessa vida desregrada, uma vontade de apertar o seu rosto com as mãos e ordenar que você seja mais esperto e pare com tudo isso, de gritar e dizer para que jamais você me perca de novo e seja mais compreensivo. E entenda que temos mais do que tudo o que duas pessoas precisam para serem absurdamente felizes. Apesar de tudo nós nos víamos sempre juntos, mesmo quando estávamos brigados ou terminados. E eu te admirava. Tínhamos tantos sonhos e com sonos jamais despertados antes do cheiro e do abraço. Nos recordamos um do outro de longa data e você me reconheceu logo de cara quando me viu pela primeira vez na vida. E agora quando me vê você me olha com essa carinha banal de "ela era a mulher da minha vida", ou "ela não é mais para mim" mas na verdade querendo voltar no tempo e me congelar enquanto você confere se não tem mesmo nenhuma mulher por ai melhor do que eu. Pode até ter uma coxa mais dura, uma mais alta, pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma diferente que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma igual a mim. Não tem. Porque, quando você estava sozinho, sem dinheiro e sem amigos era comigo que você encontrava os dias e as noites mais calorosos do mundo. E, quando você estava fugindo de tudo, de familiares e coisas erradas era em mim que você encontrava um pouco de chão. E, quando precisava se sentir especial e amado, era para os meu braços que você corria sempre, era comigo que você falava, era comigo que você chorava, porque sabia que somente o meu amor era maior do que tudo, que era intocável e que era verdadeiro. Porque sabia que era algo real. As vezes eu fico pensando e acho que quando você pensa em alguém em algum momento de solidão, você pensa em mim e se arrepende por ter me feito tanto mal. Imagino isso. E eu fico aqui pensando também, passei algum tempo escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo, mesmo depois de toda aquela coisa ruim. Mas chega disso. Acho que está caindo finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E que você nunca vai encontrar uma mulher como eu nesses lugares frenéticos em que procura. Eu vou para a cama todo dia com livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua ou bebendo para te esquecer ou para me esquecer.Também sou convidada para esses eventos com gente "querendo ser" que você adora. Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim.
Ainda não nos perdemos mas estamos quase lá, porque sinceramente estou quase no tanto faz, se um dia perceber que ainda vive algo, e quiser assumir isso sem olhar para o que passou, faça logo, antes que seja tarde!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Um fôlego de vida

Bastaram-se os apelos e a melancolia foi arrancada pelo dorso, deu um trabalho danado mas chegamos lá. E nem se contam como dias, nem como meses, mas sim, anos. Seria improvável se não fosse real. Pesquisas diriam quase nunca, estatísticas diriam uma vez em uma década, os descrentes diriam que não existe. Talvez eu fosse uma dessas. Não mais. Sendo bom ou ruim a vida sempre dá uma rasteira na gente e quando achamos que controlamos tudo, já estamos lá jogados a beira do abismo das paixonites, das contradições, dos contos de princesas com bruxa e tudo mais. Então a melhor opção foi acreditar no milagre.
Está feito!

Colombina "inteligente"

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Seria mais fácil chorar

Eu não quero diálogos vestidos com uniformes e conversas impecavelmente arrumadas para desfiles e aplausos, frases achadas ou conselhos bonitos de se dar. Hoje preciso deixar o coração à mostra e cuspir as palavras sem maquiagem. Não ter esperança é o maior pecado que posso cometer. Estou falando de esperança de vida. Já falei aqui que esperança é nome de novela mexicana? A minha vida esta quase isso... Hoje estou morrendo um pouquinho mais do que os outros dias...
Poderia ser pior... É eu sei...
Um conflito apenas interno... Talvez...
Estou tentando encontrar uma solução para tudo com muita paz... Hoje estou sorrindo e mandando todo mundo para o inferno mentalmente.
Preciso aprender que para algumas coisas acontecerem outras precisam mudar.
Ah! Por favor não fale comigo.
Hoje tenho medo, preocupação, tristeza, raiva... Se alguém ai quiser, não cobro nada... Tem de sobra
É a tal da agonia mesmo...
Nada acalma o ego, ninguém enxuga excessos, palavras a míngua, soltas, sem tranformações de mágoas...
Estou aqui tentando destronar a falsidade e aumentar as idealizações... Mas algo desmanchou as minhas certezas... Pararam de tecer oportunidades...
O impossivel já entrou, já habita em mim, já se fez fim...
E agora só me resta torcer e esperar. Me desacostumar do costume de ser. Medo de perder o que tenho agora e depois não achar nada. Arrependimento... Sim ele me vem sem eu nem ter arriscado...
Fatos, convivências, rotinas, pessoas... Estou cansada principalmente das pessoas, essas que dizem ser o que não são... Eu já disse. Vão... De ir...
Me sopra um ventinho umido e a chuva não me lava... Continuo na minha miserável condição de não conseguir deter o tempo... Desafino, caio, me derrubaram... Levada, arrastada hoje me sinto completamente acabada por dentro. Hoje choro estas ridiculas palavras e a noitinha vou dormir e esquecer...
É uma cegueira silenciosa que me toma... Cheguei a conclusão de que o rosto humano também é uma espécie de mascara e seja lá o que tiver por trás dela eu não quero saber...
Já passaram por mim detalhes imperdiveis e almas abastecidas com sangue inocente... Essas letras misturadas aqui parecendo palavras cantam nas minhas veias e já chegam a explodir...
Graças a Deus tenho uma alma muito bem disposta e ela me faz aprender muito bem as lições. Me apronta mestres, me guia...
Não estou interessada em teorias, procuro as coisas utéis no momento, ação de minuto em minuto e se puder de segundo em segundo... Servir, ser, poder, ter...
Instigar vocabulários, pensamentos, provocar sentimentos... Procuro verdades e não conceitos prontos, destes estou farta...
Estou fazendo pausa nas minhas pausas... Estou buscando o inicio e ainda estou tentando alcançar o céu... Desencontrada...
As horas breves e alegres são agora tristes e compridas. Os olhos desaprenderam de chorar o que somente as palavras sabem expressar. Já nasci perdida.

Colombina... Apenas triste...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sim.. Um... Entendo!

Deus é grandioso...
E acharam por um breve momento de pensamento que eu iria para o inferno por isso ou aquilo.
Já ouviu falar em misericórdia? Tolinho. Desmedidamente ele sempre se mostra ser um cara e tanto.
Isso mesmo, porque nos segundos em que me encontro em maior desespero e agunia ele tira as minhas angustias de sintonia.
Pare!
Não tente entender, apenas eu entendo.
E é por essas tantas "transformações" disfarçadas de Deus que consigo acreditar n'ELE em mim e por mim.
E é por isso também que ainda consigo acreditar que ser feliz é estar bem consigo mesmo apesar das mazelas e buracos que se tem por dentro. Mas é também não acomodar a alma e o coração à sujeira em que se vive. Continuo aqui inquieta na busca interminável por aquele que tudo limpa.
É, talvez eu seja o tipo de escritora mais nonsense, igual a muitas outras, daquelas que não ri ou chora mas sangra em palavras, quando a carne se fere em sentimentos sejam eles bons ou ruins.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É do cheiro que alucina depois do abraço e do beijo calado...

Já parece existir de algum jeito, um mundo e um sonho novo toda vez que eu te vejo. É que estou sentindo um friozinho aqui na barriga e um calor dos bons no coração. E não precisa, de malicia. Se soubermos com olhares nos traduzir um tanto um para o outro. Põe a mão no meu rosto assim mesmo, me abraça, me envolve. Deixa os nossos cheiros se encontrarem vez ou outra até brotarem palavras de carinho que só saem quando nos sentimos olhados com amor. Apenas não deixe de chegar e permita que o meu silêncio converse com o seu. Mãos dadas. Às vezes a gente nem precisa mesmo de palavras.

Colombina... Jeito novo...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nonsense

Sou eu entre aspas. Eu a narradora de histórias. Eu a encantadora influência desmembrada de êxitos. Eu que fui mar e hoje tento ser céu para cortar velas com aquele azul febril. A que junta pedaços mas tritura cacos. A que olha com pena e sente desejo e que vive todo dia pelo menos umas oito horas de devaneios malucos. A senhora da razão? A sem coração? Não. A que tem medo de sofrer ou de vingar a morte dos pensamentos positivos que lhe visitavam em outra vida. A que acredita que todo verbo no futuro é imbecil. A que sempre perde apostas e sempre se esquece das coisas mais importantes. A que espera uma pedrinha nem que seja a mais pequenininha. Eu que quando dou gargalhadas as solto da maneira mais espontânea e nessas horas tenho certeza de que sou feliz e que por dentro sou feita de sorrisos. Eu sou a moça que coloca uma rosa bonita atrás da orelha e só a tira quando murcha. A que adora passáros principalmente os beija-flores. A que faz um balaio de plurais estancando a ferida mais funda. Profunda, perdida, esquecida, observadora, atriz. Sou aquela que sente o perigo antes de subir as escadas e aos invés de correr salta um por um como uma dama no teatro. A que se arrepia com a voz mais estremecedora de tão meiga. Voz essa que talvez não seja passageira. Temo, receio, titubeio a descontinuidade das coisas quando me apego. Laços feitos, vidros quebráveis, extravios. Entrar? Entrei? Dúvidas, perguntas, fragilidade. Sou versos de melancolia com resquicios de leituras diárias. Está vendo meu aconchegante lar querido também sei falar de mim, mas falar de mim também é falar de amor. Não adianta sou mesmo amor disfarçado de amor, sou loucura desbravando a razão de uma mente infinita de espaços vazios, desconhecidos. Sou a sátira que não cabe e que se abre sem ter parte. O melhor dos piores sonhos indo parar na lampada mágica do Aladim ridicularizada pensando, esperando ser o primeiro, o segundo ou o terceiro desejo de alguém. Eu que levanto bandeiras sem mastros e vivo a premeditar desvalidos e mediocres passos. Te faço virar bicho, te bagunço, te confundo. Sou águia, sou vento, sou um reflexo de instantes vividos no principio de memórias largadas a própria sorte. Sou arte, sou mar e quero ser céu também. Mas sou anatomicamente diferente você tem um coração no peito já eu sou toda coração, vão. De ir. Sou contradição, verão. Sou eu colada aqui perdendo um pedaço de mim. Escrevo, releio, apago, rabisco a vida como tinha de ser. Penhascos, muros, buracos me aguardam... Alma'minha que a aproximação entre nós seja em breve restabelecida. Bem, bem sem distração até amanhã sou a mulher mais forte que já conheci e repitirei isso toda vez que nascer o sol.

Colombina... Pela toca do coelho...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Não encontrastes? Mas há tesouros de mim por toda parte. Me ache.

Ah! então só o que falta agora é um abraço, dois braços, um coração e o que mais vier junto. Acho que a minha cota de exigências já está no fim, sinto que o inesperado me rodeia. E eu ainda só sei falar de amor. Mas não espere uma palavra doce ou uma mensagem de boa noite acho que desacostumei mesmo dessas coisas sobre conquista. Preciso que você me ensine pode ser? Aprendi a ser sozinha então o que me basta eu acho que cabe aos outros também ai acabo sendo taxada de a "sem coração" e isso as vezes me incomoda. Eu já disse aqui que a minha vontade é de céu? e continua sendo. Ainda estou tentando descobrir uma forma de ir até lá. Sem me arranhar. Sou fragmentos de dúvida e medo. Meus impulsos são exagerados e de uns dias para cá sinto que estou tão diferente como se nunca tivesse amado ninguém. Me sinto tão, mais tão diferente que é como se a minha alma nunca tivesse sentido. Não consigo pertencer ou me adaptar. Minha distância que é recebida como frieza é só uma forma de defesa do que virá depois. Aprendi a ser eu mesma porque antes eu era feita de conceitos alheios que me torturavam com suas imposiçôes e hoje sou mar, sou flor, sou brilho e sou música também. Não quero amar de relance e nem por desafio quero alguém de verdade, de carne e osso, mas de cérebro também. Quero correr na chuva e esperar uma ligação com ansiedade, quero receber e-mails de bom trabalho, quero brigar por ciume e desejar boa sorte, quero tudo isso que já tive mas agora quero que seja de verdade, quero que seja de coração, quero lágrimas de saudade. Quero alguém para me amar, que queira conhecer meus segredos, desejos e vontades, quero pele e quero também uma boa maldade. Alguém que me liberte, me expulse de mim e me mostre uma arte original e verdadeira. Sem ensaios e apresentações fajutas. Eu não quero nada impossivel, quero realidade, alma e vida, seriedade. Alguém que me goste sem maquiagem, completamente sem produção, com marcas de lençol, rosto inchado, amanhecida. Não quero recomeços, quero algo novo, surpreendente, algo que seja sempre e não seja uma montagem. E quando vier prometo partilhar minhas tentativas de céu. Mas não quero cuidar, quero ser cuidada. E a luz que vier desses olhos serão para mim como setas para a felicidade. Mesmo que demore acho que estar calado também é comunicar. Te darei boas vindas. Sou um pantano cheio de possibilidades. Me ache, me ache.

Colombina.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Oras se fosses menos prepotente, talvez a tua genialidade viesse à tona.

Essa estória de apagar o passado, virar a página, riscar, não adianta é de nada, o melhor mesmo é pegar esse livro aonde a gente vai escrevendo a nossa vida, a nossa história e por fogo, assim só restarão resquícios de lembranças queimadas indo embora com o vento. Porque desde crianças os nossos destinos andaram de mãos dadas, por mais que de vez em quando a gente passasse em meio a alguns temporais e largássemos as mãos eles se entrelaçavam sozinhos novamente. E acontece até hoje, a gente se some, se enraivece, se esquece, mas depois sempre sou pega de surpresa vendo o seu destino raptar o meu de novo, mesmo que seja por uma coisa ruim como essa de ontem. Uma coisa assim, de fazer tremer a pele, bater mais forte o coração, palavras e mais palavras de desprezo todas da boca para fora e por fim fazer os olhos chorarem lágrimas de dor. Ah se a individualidade realmente existisse e cada ser humano pudesse viver constantemente sozinho sem se apaixonar, sem amar, sem lembrar, sem querer ninguém. Se conseguissemos ser assim tão auto suficientes e de alguma forma viver em um lugar aonde ninguém pudesse me alcançar, nem você com esses braços tão maiores que os meus. Se eu tivesse o poder de fazer você engolir a seco todas essas palavras faladas, pensadas, todas as palavras vindouras de um coração enraizado de arrogância, palavras que até hoje você usa para me ferir. Tudo o que eu mais peço a Deus é para que ele navegue comigo nesse mar em fúria, e me ajude a conseguir passar pelas tempestades que só querem me fazer naufragar, que ele sustente as minhas velas e faça o meu casco forte, e me guie até a praia, porque até hoje só consigo vê-la da minha luneta ao longe. Apenas encontro garrafas boiando com mensagens dentro, prometendo a bonança tão esperada. Quase não consigo mais ser capitã desse navio, o mastro está ficando cada vez mais pesado, e já quase não consigo girá-lo para o lado certo. O céu a noite distrai a minha mente, me fazendo enxergar apenas as estrelas que parecem os teus olhos ou o teu sorriso. E quando é dia só vejo miragens da tua boca me chamando. Já avisei a ti Senhor que estou quase morrendo, não tenho mais comida, nem água para beber, a minha tripulação já não existe mais, foram todos mortos por aquele monstro que estraçalha corações, seus corpos a terra não há de comer, e suas almas estão a vagar por este mar nebuloso. Já avisei a ti Senhor que estou quase desistindo, por favor me tire destas águas revoltas e me faça aguentar firme porque sei que esta dor está findando e não quero morrer na praia.

Colombina