sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É do cheiro que alucina depois do abraço e do beijo calado...

Já parece existir de algum jeito, um mundo e um sonho novo toda vez que eu te vejo. É que estou sentindo um friozinho aqui na barriga e um calor dos bons no coração. E não precisa, de malicia. Se soubermos com olhares nos traduzir um tanto um para o outro. Põe a mão no meu rosto assim mesmo, me abraça, me envolve. Deixa os nossos cheiros se encontrarem vez ou outra até brotarem palavras de carinho que só saem quando nos sentimos olhados com amor. Apenas não deixe de chegar e permita que o meu silêncio converse com o seu. Mãos dadas. Às vezes a gente nem precisa mesmo de palavras.

Colombina... Jeito novo...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nonsense

Sou eu entre aspas. Eu a narradora de histórias. Eu a encantadora influência desmembrada de êxitos. Eu que fui mar e hoje tento ser céu para cortar velas com aquele azul febril. A que junta pedaços mas tritura cacos. A que olha com pena e sente desejo e que vive todo dia pelo menos umas oito horas de devaneios malucos. A senhora da razão? A sem coração? Não. A que tem medo de sofrer ou de vingar a morte dos pensamentos positivos que lhe visitavam em outra vida. A que acredita que todo verbo no futuro é imbecil. A que sempre perde apostas e sempre se esquece das coisas mais importantes. A que espera uma pedrinha nem que seja a mais pequenininha. Eu que quando dou gargalhadas as solto da maneira mais espontânea e nessas horas tenho certeza de que sou feliz e que por dentro sou feita de sorrisos. Eu sou a moça que coloca uma rosa bonita atrás da orelha e só a tira quando murcha. A que adora passáros principalmente os beija-flores. A que faz um balaio de plurais estancando a ferida mais funda. Profunda, perdida, esquecida, observadora, atriz. Sou aquela que sente o perigo antes de subir as escadas e aos invés de correr salta um por um como uma dama no teatro. A que se arrepia com a voz mais estremecedora de tão meiga. Voz essa que talvez não seja passageira. Temo, receio, titubeio a descontinuidade das coisas quando me apego. Laços feitos, vidros quebráveis, extravios. Entrar? Entrei? Dúvidas, perguntas, fragilidade. Sou versos de melancolia com resquicios de leituras diárias. Está vendo meu aconchegante lar querido também sei falar de mim, mas falar de mim também é falar de amor. Não adianta sou mesmo amor disfarçado de amor, sou loucura desbravando a razão de uma mente infinita de espaços vazios, desconhecidos. Sou a sátira que não cabe e que se abre sem ter parte. O melhor dos piores sonhos indo parar na lampada mágica do Aladim ridicularizada pensando, esperando ser o primeiro, o segundo ou o terceiro desejo de alguém. Eu que levanto bandeiras sem mastros e vivo a premeditar desvalidos e mediocres passos. Te faço virar bicho, te bagunço, te confundo. Sou águia, sou vento, sou um reflexo de instantes vividos no principio de memórias largadas a própria sorte. Sou arte, sou mar e quero ser céu também. Mas sou anatomicamente diferente você tem um coração no peito já eu sou toda coração, vão. De ir. Sou contradição, verão. Sou eu colada aqui perdendo um pedaço de mim. Escrevo, releio, apago, rabisco a vida como tinha de ser. Penhascos, muros, buracos me aguardam... Alma'minha que a aproximação entre nós seja em breve restabelecida. Bem, bem sem distração até amanhã sou a mulher mais forte que já conheci e repitirei isso toda vez que nascer o sol.

Colombina... Pela toca do coelho...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Não encontrastes? Mas há tesouros de mim por toda parte. Me ache.

Ah! então só o que falta agora é um abraço, dois braços, um coração e o que mais vier junto. Acho que a minha cota de exigências já está no fim, sinto que o inesperado me rodeia. E eu ainda só sei falar de amor. Mas não espere uma palavra doce ou uma mensagem de boa noite acho que desacostumei mesmo dessas coisas sobre conquista. Preciso que você me ensine pode ser? Aprendi a ser sozinha então o que me basta eu acho que cabe aos outros também ai acabo sendo taxada de a "sem coração" e isso as vezes me incomoda. Eu já disse aqui que a minha vontade é de céu? e continua sendo. Ainda estou tentando descobrir uma forma de ir até lá. Sem me arranhar. Sou fragmentos de dúvida e medo. Meus impulsos são exagerados e de uns dias para cá sinto que estou tão diferente como se nunca tivesse amado ninguém. Me sinto tão, mais tão diferente que é como se a minha alma nunca tivesse sentido. Não consigo pertencer ou me adaptar. Minha distância que é recebida como frieza é só uma forma de defesa do que virá depois. Aprendi a ser eu mesma porque antes eu era feita de conceitos alheios que me torturavam com suas imposiçôes e hoje sou mar, sou flor, sou brilho e sou música também. Não quero amar de relance e nem por desafio quero alguém de verdade, de carne e osso, mas de cérebro também. Quero correr na chuva e esperar uma ligação com ansiedade, quero receber e-mails de bom trabalho, quero brigar por ciume e desejar boa sorte, quero tudo isso que já tive mas agora quero que seja de verdade, quero que seja de coração, quero lágrimas de saudade. Quero alguém para me amar, que queira conhecer meus segredos, desejos e vontades, quero pele e quero também uma boa maldade. Alguém que me liberte, me expulse de mim e me mostre uma arte original e verdadeira. Sem ensaios e apresentações fajutas. Eu não quero nada impossivel, quero realidade, alma e vida, seriedade. Alguém que me goste sem maquiagem, completamente sem produção, com marcas de lençol, rosto inchado, amanhecida. Não quero recomeços, quero algo novo, surpreendente, algo que seja sempre e não seja uma montagem. E quando vier prometo partilhar minhas tentativas de céu. Mas não quero cuidar, quero ser cuidada. E a luz que vier desses olhos serão para mim como setas para a felicidade. Mesmo que demore acho que estar calado também é comunicar. Te darei boas vindas. Sou um pantano cheio de possibilidades. Me ache, me ache.

Colombina.