Foi em um fim de manhã ensolarada que aquela menininha feinha e franzina, saiu correndo em direção ao orelhão mais próximo, chegando lá deu de cara com aquele menino grandão, ah mais ela nem viu ele, apenas disse - Oi menino que eu não sei o nome, que mocinha desatenta não? Nem sabia ela que aquele menino grande seria o grande amor de sua vida. Mas ai o tempo passou, nasceram dias, luas cheias, chuva forte, chuva fina, céu preto, céu azul e até amarelo, era a vida correndo normamelmente, e aquela menininha feinha e franzina, só queria saber de brincar, brincava de bola, brincava de adedonha, brincava de jogar papel molhado e até de amarelinha com todos os seus amigos ali das redondezas, e em uma noite quente de conversa fiada aquele menino grande apareceu, ela ficou contrariada, ela não gostava dele, ela o achava um ser um tanto eloquente mesmo sem conhece-lo, mas ela não pensava que talvez ela também fosse, afinal o que pensariam um do outro? uma menininha de quinze anos e um meninão com quase dezessete, no final só deviam pensar besteira mesmo. Ai entra o julgamento impróprio, aquele que as pessoas costumam fazer sem nem conhecerem umas as outras, é um mal mundial. Mas ai foram chegando as festas juninas, os parques e palhaços, lançamentos de filmes um tanto famigerados, conversas e confidências jogadas ao vento até o cair das noites, que por sinal eram sempre tão belas, e dois estranhos e opostos deram inicio a uma tenra amizade, mas aquele menino grandão, influênciador e um bucado esperto não queria apenas a amizade daquela menininha lá, ele queria era pegar na mão dela, ele sonhava era em roubar o coração dela, ele ansiava era invadir os sonhos dela, ele buscava era tomar ela, é, tomar só para ele. Ele era um menino um tantão insistente, ele era mesmo infálivel, menino incrivel esse não? Até que a menininha caiu nas suas graças, e ela entregou a mão dela, furtou o seu próprio coração e o confiou a ele, e os sonhos dela? Ah para os sonhos ela já deixava a porta aberta, ele entrava todo dia, nem precisava bater, ela já era posse dele nem precisa dizer né, era tudo dele. Ah mais que casal diferente eles formavam, uma menininha sonhadora e um meninão faminto de conhecer a vida, eles foram felizes por muito tempo e se amaram de verdade, um bucado mesmo. Até choravam de tanto amor. Mas ai o meninão faminto de prazer foi se vangloriando muito das coisas, e começou a deixar a menininha de lado, quão triste ela ficava e chorava e esperniava, mas não conseguia mais chamar a atenção. Só o que ela não percebera é que aquele meninão já estava para se tornar um homem e já havia conhecido outros ares, ela não via, não ouvia, só vivia dentro do casulo, nada, nada da vida ela conhecia, ah que menininha triste e sofrida ela havia se tornado, não via mais beleza em nada, não via mais cor, tudo era preto e branco. E o azul do céu? E o brilho das estrelas? E o som do vento fresco? Ah, nem a brisa ela sentia mais, ela só sabia era que queria o seu menino grande de volta. Mas as coisas só pioravam, era só chuva, só vento frio, relampagos e trovões. Até que a menininha se embraveceu, tão sem chão ela ficara que começou a pisar em ovos, ovos podres por sinal, se lambusou toda, mas logo a frente se lavou, um tsunami de arrependimento. Mas não era justo ninguém jugá-la, porque ninguém sabia o tamanho da sua dor, ninguém sabia que ela chorava sangue, e ah como ela errou, mas foi a partir daí que ela começou a presenciar as suas inteiras e completas mudanças, nem era mais uma menininha, já era uma mulher, uma mulher mesmo, uma mulher feita, bonitinha e até corajosa, é que o Sr. do psicológico ultra superior e avançado, já não lhe botava tanto medo, é gente, ela cresceu e hoje lembra de tudo o que passou. E ela ainda sente falta do antes menino, agora homem, que ela conhecera um dia, ela ainda o ama, acredita? Porém não sofre, só ama em silêncio, ela briga consigo mesma por causa dele, ela fica triste por vê-lo vivendo cada vez mais enlouquecidamente e sem rumo, ela sabe que ele está sem direção, ela quer tentar mostrar o caminho, mas ela sabe que ele sempre faz a curva errada, então agora o medo que ela sente é de ouvir o tão temido não, ela tenta fugir mas não consegue. É bem verdade ela me disse, ah acho que ela queria que ele a perdoasse por tais erros grotescos, ela sabe que é pedir muito mas não custa tentar, ela queria também que ele reconhecesse os erros absurdos dele, isso a confortaria tanto. Agora ela é uma mulher batalhadora, mas estupidamente ainda sonhadora, sonha que um dia ele volte, sonha que ele saia do castelo e a busque no alto da montanha que só ele sabe onde fica. Você conhece esse um dia menino, logo após homem e depois o Sr. do psicológico ultra superior e avançado? Ele anda por ai no mundo da lua, ou dos loucos. Se o conhecer e o vir por ai por favor, pergunte se ele volta logo. Ou se não volta nunca mais. Há, sei não! Lá onde ele está deve de ser legal, a antes menininha, depois mulher ouviu dizer que chove de vez em quando, mas tem muito sol e ele adora o calor que lá faz. Sei não. Talvez ela devesse acompanhá-lo... Só para fazer um pouquinho de sombra, ela que teve essa idéia. Mas por quê não? Então se o encontrar, diga que ela mandou lembranças. Se ele perguntar em nome de quem você fala? Ah, diga que é em nome do amor mais puro e verdadeiro da menininha/mulher que ele esqueceu no meio do caminho.
segunda-feira, 28 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
E viva apenas o presente...
Acho que você veio de um castelo. Eu vim de uma montanha. Acho que você era um príncipe em outra vida. Eu, uma pequena sonhadora. Você fala em querer mais. Eu falo em códigos de respeito e confiança. Teu templo é algo palpável. O meu é o meu coração. Teu Deus é o mesmo que o meu. Mas o sentimos de formas diferentes. Você dá nós, laços, não escuta o que os outros dizem. Eu uso uma espada de madeira e dou cambalhotas sorrindo. Eu sou um espírito faminto de prazer, ideias, sonhos e aprendizados. Você é um espírito sedento de luz e aventura . Você, tão grandão porém medroso. Eu, tão baixota porém corajosa. Você, um menino que sempre busca explicações para todas as coisas. Eu, uma menina que gosta de ler.
Um dia, numa pororoca da vida, o rio que você cruzava desaguou no meu. E eu te conheci. E eu percebi que meu calor é o seu calor, que o teu suor é o meu suor. Que tua história é a minha história. Que o teu beijo é o meu beijo. E dois estranhos, tão diferentes, se acharam no amor. Nossos barquinhos seguiram juntos por um cadinho de tempo. Mas você teve que voltar para o seu castelo e continuou remando. Eu desci do meu barco e subi a montanha. De lá de cima, toda vez que um vento bate, ouço as trombetas e a voz doce do meu eterno príncipe me chamando. Mas não é mais fácil você vir me buscar logo?
Um dia, numa pororoca da vida, o rio que você cruzava desaguou no meu. E eu te conheci. E eu percebi que meu calor é o seu calor, que o teu suor é o meu suor. Que tua história é a minha história. Que o teu beijo é o meu beijo. E dois estranhos, tão diferentes, se acharam no amor. Nossos barquinhos seguiram juntos por um cadinho de tempo. Mas você teve que voltar para o seu castelo e continuou remando. Eu desci do meu barco e subi a montanha. De lá de cima, toda vez que um vento bate, ouço as trombetas e a voz doce do meu eterno príncipe me chamando. Mas não é mais fácil você vir me buscar logo?
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